A Corregedoria Nacional de Justiça desembarca nesta segunda-feira (09), no Tribunal de Justiça da Bahia. A Corte está sob o impacto da Operação Faroeste – uma investigação sobre suposto esquema de venda de sentenças em processos de grilagem de 800 mil hectares de terras no oeste do estado.
Até a sexta-feira (13), a Corregedoria vai fazer inspeção para verificar o funcionamento dos setores administrativos e judiciais da Justiça comum estadual de 2º Grau de jurisdição do Tribunal de Justiça e também serventias extrajudiciais da Bahia.
Por ordem do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, quatro desembargadores, inclusive o presidente do TJ baiano, Gesivaldo Britto, e dois juízes de primeira instância, foram afastados de suas funções por 90 dias.
Dois magistrados foram presos, entre eles a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago por suspeita de obstrução de Justiça – ela caiu no grampo da Polícia Federal supostamente orientando assessores a destruir ou sumir com provas armazenadas em um celular.
Durante buscas realizadas no início de novembro, agentes da Polícia Federal encontraram no guarda-roupa de Maria do Socorro R$ 100 mil em reais, euros e dólares em espécie. No quarto da magistrada, os policiais encontraram, ainda, obras de arte, joias, brincos, colar de ouro e três Rolex.
O juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, da 5ª Vara de Substituições da Comarca de Salvador, também está preso. Os investigadores dizem que ele leva ‘uma vida de luxo’.
Ao decretar a Operação Faroeste, o ministro Og Fernandes destacou que a investigação aponta para uma ‘teia da corrupção’ que teria instalado seus tentáculos no Tribunal de Justiça da Bahia em conluio com o conselheiro da Guiné Bissau, Adailton Maturino, suposto ‘mentor’ do esquema de grilagem de terras – o que sua defesa nega enfaticamente. Continue reading →