Trânsito Legal : O Futebol está privatizado?
Enviado por alexandre em 25/07/2011 10:03:08

O Futebol está privatizado?

Quando aportei em Ouro Preto do Oeste, nos idos de 1984, maravilhei-me com a quantidade de locais que tínhamos para a prática de esportes, mas especificamente, o futebol.
Vejamos:
 Campo do INCRA;
 Quadra do INCRA;
 Campo em frente ao Colégio UNEOURO;
 Campo da CEPLAC na Rua JK;
 Campo do Sr. Oliveira;
 Campo da Madersan;
 Campo do Zé do Rolo;
 Campo do Módulo Esportivo.
 Campo da EMBRAPA.
Com exceção do Campo da EMBRAPA, os demais espaços eram de livre acesso à população, onde toda tarde, de segunda-feira a domingo, a pelota rolava solta, para o deleite de crianças e adultos.
Era raro passar por esses locais no meio da manhã ou da tarde e não vermos uma quantidade grande crianças se divertindo e praticando o bom futebol.
A maioria dos jovens e veteranos “boleiros” de Ouro Preto, dentre eles, Igor, Petinho, Robson Amaral, Bedeleque, Zezinho Pé de Manga, deram seus primeiros chutes nesses campos.
A existência desses espaços, proporcionava o aparecimento e a renovação constante de bons jogadores de futebol, e fazia com nossa cidade tivesse muitas e competitivas equipes, tanto a nível local, como estadual.
Remanescem dos espaços públicos acima, apenas o Campo do INCRA e o do Módulo esportivo, mas a população e as crianças, já não tem o acesso livre como antigamente.
Apenas vinte e cinco anos foram suficientes, para que o poder público, usurpasse da população, o bem mais precioso: a gratuidade para praticar o seu esporte favorito. Os espaços para esporte, foram aos pouco se transformando em escolas, escritórios, residencias, comércios, etc.
A prática do futebol em Ouro Preto, há muito está privatizado, pois quem quer fazê-lo, precisa marcar horário nos Clubes, Associações, quadra particular e pagar um bom dinheiro por isso.
Não é chegado o momento de começar a reverter esse quadro? Nossos governantes são de opinião quase unânime, de que os jovens e as comunidades carentes, precisam ter seus espaços de esporte, lazer e cultura preservados, porém, pouco investem em campos ou quadras de futebol. Até prometem, quando candidatos.
Como diz um jornalista baiano, Raimundo Rui, “Tudo que as comunidades querem, é um campinho com uma trave, é uma pequena infra- estrutura. Crianças, adultos, empregados, desempregados, homens e mulheres, todos se unem em torno de uma bola, de uma boa partida de futebol”.
Outro escriba, que me foge o nome no momento, dizia que “toda vez que se acaba com um campo de futebol, se mata um pouco a alma do povo”.
Aproveito o ensejo, para elogiar um grande entusiasta do futebol em nossa cidade, o popular Zezinho Pé de Manga, que há muito tempo vem, voluntariamente, incentivando a meninada a continuar praticando esse esporte apaixonante, que é o futebol, mas ele enfrenta os problemas levantados acima, a escassez do espaço público para desenvolver esse seu trabalho.
Os espaços públicos para a prática de esportes, estão em crescimento proporcionalmente inverso ao da população de nossa cidade.
Praticar futebol pode até ser também um negócio, mas, acima de tudo, é um direito do cidadão.
Blogger: http://raymundodjavan.blogspot.com/





O Futebol está privatizado?

Quando aportei em Ouro Preto do Oeste, nos idos de 1984, maravilhei-me com a quantidade de locais que tínhamos para a prática de esportes, mas especificamente, o futebol.
Vejamos:
 Campo do INCRA;
 Quadra do INCRA;
 Campo em frente ao Colégio UNEOURO;
 Campo da CEPLAC na Rua JK;
 Campo do Sr. Oliveira;
 Campo da Madersan;
 Campo do Zé do Rolo;
 Campo do Módulo Esportivo.
 Campo da EMBRAPA.
Com exceção do Campo da EMBRAPA, os demais espaços eram de livre acesso à população, onde toda tarde, de segunda-feira a domingo, a pelota rolava solta, para o deleite de crianças e adultos.
Era raro passar por esses locais no meio da manhã ou da tarde e não vermos uma quantidade grande crianças se divertindo e praticando o bom futebol.
A maioria dos jovens e veteranos “boleiros” de Ouro Preto, dentre eles, Igor, Petinho, Robson Amaral, Bedeleque, Zezinho Pé de Manga, deram seus primeiros chutes nesses campos.
A existência desses espaços, proporcionava o aparecimento e a renovação constante de bons jogadores de futebol, e fazia com nossa cidade tivesse muitas e competitivas equipes, tanto a nível local, como estadual.
Remanescem dos espaços públicos acima, apenas o Campo do INCRA e o do Módulo esportivo, mas a população e as crianças, já não tem o acesso livre como antigamente.
Apenas vinte e cinco anos foram suficientes, para que o poder público, usurpasse da população, o bem mais precioso: a gratuidade para praticar o seu esporte favorito. Os espaços para esporte, foram aos pouco se transformando em escolas, escritórios, residencias, comércios, etc.
A prática do futebol em Ouro Preto, há muito está privatizado, pois quem quer fazê-lo, precisa marcar horário nos Clubes, Associações, quadra particular e pagar um bom dinheiro por isso.
Não é chegado o momento de começar a reverter esse quadro? Nossos governantes são de opinião quase unânime, de que os jovens e as comunidades carentes, precisam ter seus espaços de esporte, lazer e cultura preservados, porém, pouco investem em campos ou quadras de futebol. Até prometem, quando candidatos.
Como diz um jornalista baiano, Raimundo Rui, “Tudo que as comunidades querem, é um campinho com uma trave, é uma pequena infra- estrutura. Crianças, adultos, empregados, desempregados, homens e mulheres, todos se unem em torno de uma bola, de uma boa partida de futebol”.
Outro escriba, que me foge o nome no momento, dizia que “toda vez que se acaba com um campo de futebol, se mata um pouco a alma do povo”.
Aproveito o ensejo, para elogiar um grande entusiasta do futebol em nossa cidade, o popular Zezinho Pé de Manga, que há muito tempo vem, voluntariamente, incentivando a meninada a continuar praticando esse esporte apaixonante, que é o futebol, mas ele enfrenta os problemas levantados acima, a escassez do espaço público para desenvolver esse seu trabalho.
Os espaços públicos para a prática de esportes, estão em crescimento proporcionalmente inverso ao da população de nossa cidade.
Praticar futebol pode até ser também um negócio, mas, acima de tudo, é um direito do cidadão.
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