Justiça em Foco : Com voto contra de Fachin, julgamento que pode anular sentenças da Lava Jato deve seguir nesta quinta
Enviado por alexandre em 26/09/2019 08:36:33


stf ao vivo lava jato

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, votou contra um recurso que pode anular diversas sentenças da Operação Lava Jato, como a do ex-presidente Lula. A sessão, iniciada pelo relator da operação no Supremo, tem previsão de seguir nesta quinta-feira, começando pelo ministro mais novo, Alexandre de Moraes, e terminando com o decano, Celso de Mello. Está em jogo na corte se delatores devem apresentar suas alegações finais antes dos delatados e se as ações que não seguiram esse rito anteriormente devem ser revistas. A fase de alegações finais ocorre após o encerramento da instrução processual, momento em que o juiz colhe as provas para formar sua decisão. Nesta fase, os argumentos finais de todas as partes são apresentados. A discussão é justamente a ordem desses argumentos: o réu delatado pode ser acusado por um réu delator sem ter a chance de se defender depois?

O plenário foi chamado a se pronunciar depois que a Segunda Turma do STF anulou, no mês passado, a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, no âmbito da Lava Jato, por entender que ele deveria ter apresentado suas alegações finais somente após os delatores. Na ocasião, a maioria dos ministros considerou que há uma lacuna na lei da delação premiada que não estabelece a ordem de fala no processo de delatores e delatados. A decisão selou de vez o inferno astral que vive a operação, já afetada pela publicação de mensagens entre procuradores da força-tarefa obtidas pelo The Intercept que colocaram em xeque a imparcialidade das investigações.

Após a anulação da condenação de Bendine, que já estava julgado em segunda instância, o caso retrocedeu para a etapa das alegações finais ainda no primeiro grau. Com a decisão, outros acusados entraram com pedidos para que o mesmo entendimento fosse aplicado a eles. Caso o Supremo concorde, a força-tarefa afirmou que 32 decisões da Lava Jato podem ser afetadas, incluindo a do ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde abril do ano passado. O caso que trouxe essa discussão à pauta é o habeas corpus do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira. Com informações do jornal El País.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia