Política : A MENOS RUIM
Enviado por alexandre em 20/09/2019 09:05:51

Tabata Amaral eleita a melhor deputada em 2019 pelo júri do Congresso em Foco

Estreante na Câmara, Tabata Amaral (PDT – SP) é a grande vencedora do Prêmio Congresso em Foco 2019 na categoria de “Melhores Deputados”. Aos 25 anos, Tabata foi eleita com a bandeira da renovação política e tem sido firme em seus posicionamentos no plenário, mesmo quando é alvo de críticas, como aconteceu na reforma da Previdência. Por isso, foi eleita a melhor deputada do ano pelo júri especializado do Prêmio Congresso em Foco 2019.

Ao receber o troféu, Tabata disse que quer mais mulheres, jovens e periféricos na política.

“Primeiro agradecer a minha equipe, o Movimento Acredito, ao prêmio Congresso em Foco por acreditar que a política vale a pena. Ontem eu me lembrava que faz três anos que conheci o Congresso Nacional pela primeira vez. O que me levou a política foi à luta pela educação”, disse.

Nesta 12ª edição do Prêmio Congresso em Foco, o júri especializado, que é formado por representantes de quatro segmentos da sociedade, também elencou como melhores parlamentares do ano os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Carmem Zanotto (Cidadania-SC), Fabio Trad (PSD-MS), Ivan Valente (Psol-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP), Luiza Erundina (Psol-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marcelo Ramos (PL-AM) e Tadeu Alencar (PSB-PE).

Os vencedores do Prêmio Congresso em Foco 2019 foram anunciados em cerimônia realizada na noite desta quinta-feira (19) no Porto Vittoria Espaço de Eventos, em Brasília.


Muito se falou e escreveu sobre o aumento do valor do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral nas novas regras aprovadas pelo Congresso. Mas há um aspecto muito relevante e quase negligenciado na lei: a volta da propaganda partidária semestral.

No primeiro semestre de 2020, haverá 19.040 comerciais de 30 segundos de 21 partidos. Tudo veiculado em horário nobre e nos 7 dias da semana.

A inundação de propagandas será sempre do meio-dia às 14h e das 18h às 23h. É quando há mais telespectadores e ouvintes sintonizados.

Esses comerciais serão veiculados em emissoras em rede nacional, mas também em TVs e rádios locais em cada uma das 27 unidades da Federação. Será um bombardeio gigantesco.

Até 2017, os partidos tinham também o direito divulgar um programa partidário mais longo na TV, no início da noite. Era algo ineficaz, pois muitos dos telespectadores desligavam o aparelho. Agora, tudo será por meio de inserções curtas, que passam nos intervalos dos programas, junto com outras propagandas.

Os partidos têm a opção de usar seus tempos de rádio e de TV para fazer inserções de 15 segundos, 30 segundos ou de 1 minuto. Se, por hipótese, todas as legendas optarem por comerciais apenas de 15 segundos, serão 38.000 propagandas de partidos no 1º semestre de 2020.

QUEM PAGA É O DINHEIRO PÚBLICO

E quem vai pagar por esse tempo usado pelos políticos na TV e no rádio? Todos os pagadores de impostos brasileiros. Eis o que diz o artigo 49-A da nova lei:

“As emissoras de rádio e de televisão terão direito à compensação fiscal pela cedência do horário gratuito previsto nesta Lei, em conformidade com os critérios estabelecidos no art. 99 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997”.

A forma como as emissoras ganham o benefício é sucessivamente definida em decretos presidenciais. O último e que ainda está válido é o decreto 7.791, de 17 de agosto de 2012, assinado por Dilma Rousseff.

Em resumo, a propaganda partidária se transformou num excelente negócio não apenas para os partidos, mas também para as empresas de radiodifusão, que têm uma receita garantida por lei. As emissoras não têm prejuízo. Ao contrário: garantem a partir do 1º semestre de 2020 1 faturamento seguro e regular a cada 6 meses.

PARTIDOS NANICOS FORTES

A propaganda eleitoral foi durante muitos anos o ativo mais valioso de inúmeras siglas pequenas ou nanicas. Essas agremiações nunca conseguem eleger muitos prefeitos, deputados ou senadores. Mas são agora novamente donas de exposição valiosíssima na TV e no rádio.

É comum nos corredores do Congresso ouvir histórias sobre o político que contratou uma “boca de aluguel” para malhar algum adversário em seu Estado. O sistema é simples: o partido nanico vende seu horário de propaganda partidária para difundir alguma calúnia ou ofensa.

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