Indicação de Augusto Aras para a PGR foi recebida com alívio no STF. Outros nomes que circulavam como possíveis escolhidos eram considerados um desastre. (Foto: Roberta Namour) Folha de S. Paulo - Por Mônica Bergamo A indicação de Augusto Aras para a PGR (Procuradoria-Geral da República) foi recebida até mesmo com alívio no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Congresso. Outros nomes que circulavam como possíveis escolhidos eram considerados um desastre. A escolha dele é vista também como uma derrota dos integrantes da Operação Lava Jato e daquele que foi a sua maior figura: o ministro da Justiça, Sergio Moro. Além de não emplacar nomes de sua preferência, ele nem sequer foi consultado por Bolsonaro no processo de escolha.
Aras acompanhou últimos lances da indicação com poucos aliados; sensação foi de alívio. (Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE) Da Folha de S. Paulo - Painel Por Daniela Lima Augusto Aras acompanhou os últimos lances de sua indicação em casa, ao lado de cinco pessoas. Demonstrou mais alívio do que euforia ao receber o telefonema que sacramentou sua escolha. Ele manteve contato com o presidente por dias, mas só nesta quinta (5) teve certeza de que havia vencido. A ligação que confirmou o nome de Aras fugiu do protocolo. Bolsonaro pediu o telefone do subprocurador a um amigo de ambos, o ex-deputado Alberto Fraga, na quarta (4) e tentou contato nesta quinta (5), mas não conseguiu falar. Fraga, então, passou o número do presidente para Aras e o próprio entrou em contato com ele. O caminho até o anúncio foi acidentado. Aras despontou para o posto sem participar da eleição interna do MPF, o que irritou a categoria e a Lava Jato. Também foi bombardeado por bolsonaristas por ter tido boa relação com nomes da esquerda anos atrás. Nesta quinta (5), dizem amigos, parecia exausto. A ordem dos aliados de Aras foi de discrição. O subprocurador quer passar mensagem de respeito ao rito e ao Senado, que precisa sacramentar a escolha de Bolsonaro em votação.
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