Regionais : Papa veta militar e políticos com mandato entre convidados do Sínodo da Amazônia
Enviado por alexandre em 03/09/2019 09:26:38

Sínodo da Amazônia

A um mês da realização do Sínodo da Amazônia, marcado para outubro em Roma, o Vaticano prepara a lista final de convidados especiais do papa Francisco para participar das discussões sobre a floresta tropical, com veto à participação de políticos com mandato. “Não virão políticos com mandato, nem militares. Não participarão”, disse o cardeal dom Cláudio Hummes, relator-geral do Sínodo, nomeado pelo pontífice. 

O governo brasileiro havia manifestado, por vias diplomáticas e pelas Forças Armadas, o interesse de ter voz na assembleia mundial de bispos dedicada a discutir problemas socioambientais nos nove países “panamazônicos” e a presença católica na região. O presidente Jair Bolsonaro considera que há “muita influência política” no Sínodo.

O papa abriu espaço para convidados não religiosos, os chamados auditores e peritos, e deve convidar personalidades mundiais, cientistas e ambientalistas para participar das consultas de aconselhamento. “O papa fala muito da necessária fundamentação científica”, afirmou d. Cláudio.

Um dos nomes brasileiros na lista é o do climatologista Carlos Nobre. Ele participará das primeiras atividades do Sínodo, que ocorrerá entre os dias 6 e 27 de outubro. 

Lista completa de convidados é mantida em sigilo

Há cerca de duas semanas, Nobre recebeu o convite oficial por e-mail do Vaticano. A lista completa ainda é mantida em sigilo pela Santa Sé, que aguarda as confirmações. Além de aproximadamente 250 bispos, farão parte da assembleia outras lideranças católicas, como padres e leigos, e representantes de povos indígenas. Continue reading


Huck e professores de uma escola no Amazonas.

O que se anunciava nos últimos meses tomou forma explícita no fim de semana. Expoentes da centro-direita brasileira selaram seu divórcio de Jair Bolsonaro e recolocaram na praça o projeto de se reaglutinar em torno do apresentador Luciano Huck, num precoce movimento rumo a 2022. As declarações do apresentador ao Estado de S. Paulo ao lado da entrevista a O Globo do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga se complementam numa campanha para retomar um difícil lugar do espectro político, mais próximo do ponto médio. Num país que dizimou o centro nas últimas eleições e com Bolsonaro firmemente disposto a segurar seu bastião de fiéis por meio da radicalização, Huck surge como esperança de ser um puxador de voto para as ideias liberais na economia sem ser conservador nos costumes.

A fotografia atual das pesquisas vale pouco para prever algo tão adiante como as próximas presidenciais, mas ajudam a entender as atuais articulações. Os números da consultoria Atlas Político mostram, na mesma linha do Datafolha, como avança a rejeição de Bolsonaro — ultrapassaram 50% os que dizem que ter uma imagem negativa do ocupante do Planalto. As cifras do Atlas, no entanto, mostram que não foi só o presidente que viu minguar a simpatia do eleitorado. As imagens de todos os políticos avaliados pioraram, com exceção nada desprezível do ministro da Justiça, Sergio Moro, que se manteve na liderança do ranking de imagem, com mais de 50% opinando positivamente sobre ele.

Chama atenção, por exemplo, a performance ruim do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), outro nome da direita que tenta se descolar de Bolsonaro após a união superexplorada na campanha. O tucano outsider viu sua imagem negativa disparar no último mês. Entre julho e agosto, a visão negativa do governador passou de 42,5% para 58,3%, segundo a pesquisa. O Atlas Político ouviu 2.000 pessoas recrutadas aleatoriamente na Internet, com amostra rebalanceada por meio de um algoritmo para ter representatividade nacional. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Continue reading

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