Política : COM MORAL
Enviado por alexandre em 29/07/2019 09:10:49

Americanos apostam em Eduardo Bolsonaro
Freddy Freitas - Blog Os Divergentes

 É prática corrente, nos corredores de Washington (DC), dizer que os diplomatas tendem deliberadamente ao ócio. Segundo essa visão, os barnabés dos governos estrangeiros passam o tempo todo em festas, jantares e coquetéis, perdendo o contato com a realidade dos seus países de origens. O mundo diplomático na capital norte-americana é uma festa vinte e quatro horas por dia.

Tal análise leva em conta o fato que o cargo de embaixador é normalmente reservado para amigos e doadores de campanhas. No caso brasileiro, a burocracia em Brasília impede qualquer zeloso e dedicado diplomata tentar executar algum trabalho em Washington (DC). Nos últimos dias, dois assuntos tomaram conta do circuito DF-DC: a iminente prisão do jornalista americano Glenn Greenwald e a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador nos Estados Unidos.

Ao contrário da imprensa brasileira e de adversários políticos, diplomatas americanos elogiam a indicação do filho do presidente para o posto na capital norte-americana. “Ele não tem nenhuma experiência na área de relações internacionais, mas tem muita energia e motivação. Pessoas entusiasmadas são mais positivas, uma característica fundamental para que diplomatas consigam sair da zona de conforto” – ressalta um funcionário do Departamento de Estado.

“O presidente Bolsonaro está mexendo em um vespeiro, mas é importante trilhar outro caminho na diplomacia. Acredito que vamos construir uma nova etapa na relação entre os dois países” , frisa um ex-funcionário da inteligência do Tio Sam que serviu no Brasil nos “anos de chumbo”. A cadeira do embaixador brasileiro em Washington (DC) está vazia há três meses, quando o chanceler Ernesto Araújo retirou o diplomata de carreira Sérgio Amaral do comando.



Congresso e a expulsão de estrangeiro perigoso

Ala do Congresso trabalha para derrubar norma que prevê expulsão de estrangeiro ‘perigoso’

Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo

Conhece-te a ti mesmo Às vésperas da retomada dos trabalhos no Congresso, um grupo de parlamentares se movimenta para derrubar a portaria editada por Sergio Moro que prevê a deportação sumária de estrangeiros considerados “perigosos”. Essa ala elabora um decreto legislativo para sustar a norma. Na linha de frente da articulação, aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificam a medida como autoritária e sintomática de falta de sensibilidade política do ministro da Justiça.

Esses parlamentares avaliam que Moro usurpou da competência de ministro ao estabelecer rito sumário de deportaçãoalterando a Lei de Migração. Hoje, o deportando tem prazo de até 60 dias para regularizar a situação migratória. A mudança, afirmam, só pode ser feita pelo Legislativo.

Líderes de partidos de centro e centro-direita também apontam inconstitucionalidades na portaria. Dizem, em tom de ironia, que a medida abre brecha para a expulsão de um estrangeiro só pelo fato de Moro não gostar da cara do sujeito.

O revés é articulado no momento em que cresce a pressão por uma resposta do Congresso à atuação de Moro no caso dos hackers.

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