Política : NA MARRA
Enviado por alexandre em 26/07/2019 09:31:05

Bolsonaro quer via sem licença na Amazônia

Ainda sem licença ambiental, Bolsonaro quer pavimentar rodovia que corta Amazônia

Segundo o presidente, obra será concluída até o final do mandato, em 2022

Fabiano Maisonnave – Folha de S.Paulo

Em visita a Manaus, o presidente Jair Bolsonaro prometeu pavimentar a rodovia BR-319, que liga a cidade a Porto Velho. A obra, que não tem licença ambiental aprovada, é considerada uma das maiores ameaças à Amazônia por estudiosos e ambientalistas.

Inaugurada em 1976, a estrada tem 406 km dos seus 900 km sem asfalto. A conclusão acabaria com o isolamento rodoviário entre Manaus e o restante do país, mas abrira uma área maior do que a Alemanha para a invasão descontrolada de florestas preservadas, segundo o Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia).

“É uma das nossas obras prioritárias”, afirmou Bolsonaro, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (25). Ele prometeu que o início será em meados do ano que vem. Questionado se a pavimentação será concluída até o final do mandato, em 2022, disse: “Acredito que sim.”

Bolsonaro voltou a fazer críticas à legislação ambiental e criticou os governos anteriores: “Imagina se eu tivesse comigo o Zequinha Sarney (governo Temer) ou a Marina Silva (governo Lula) como ministro [do Meio Ambiente]? Nunca vocês iam ver essa BR asfaltada.”

O principal motivo para que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) não emita a licença ambiental é a baixa presença do Estado na região da BR-319, cujo asfaltamento viabilizaria também a abertura de quatro estradas estaduais projetadas.


Marco Aurélio: Moro não pode destruir provas

Marco Aurélio Mello, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), se manifestou sobre a determinação do ministro da Justiça Sergio Moro de destruir as mensagens apreendidas com os hackers, dizendo que "Cabe ao Judiciário decidir isso, e não à Polícia Federal", informou a Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (25).

Marco Aurélio diz que é preciso cuidado para que provas de crimes não sejam destruídas. "Há uma responsabilidade civil e criminal no caso de hackeamentos que precisam ser apuradas", afirma.

O caso está sob supervisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal.

PF não obedece Moro

A Polícia Federal desmentiu desclaração do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que disse nesta quinta-feira, 25, que as conversas de autoridades encontradas com os "hackers de Araraquara" seriam destruídas.  

Em nota divulgada à imprensa, a PF disse que a Operação Spoofing não busca analisar as mensagens eventualmente captadas pelos hackers e que caberá à Justiça definir se o material será destruído.

“O conteúdo de quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material apreendido será preservado, pois faz parte de diálogos privados, obtidos por meio ilegal”, diz a nota.  (BR 247)

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