Política : LEGAL OU IMORAL?
Enviado por alexandre em 25/07/2019 08:54:32

Tabata defende o pagamento de R$ 23 mil a namorado
A deputada federal Tabata Amaral (PDT) defendeu, hoje, a decisão de pagar R$ 23 mil ao próprio namorado, Daniel Alejandro Martínez Garcia, durante as eleições do ano passado. No último sábado, as revistas "Veja" e "Exame" destacaram que o colombiano recebeu da campanha por serviços de análise estratégica para a candidatura, de agosto a outubro. A então candidata arrecadara quase R$ 1,3 milhão – a maior parte proveniente de doações privadas, além de R$ 100 mil do fundo eleitoral público repassados pela executiva nacional do PDT.

O pagamento foi registrado na prestação de contas da candidata, que conheceu o namorado na Universidade de Harvard (EUA), na qual se formaram. Eles começaram a namorar em 2016. Pelo Twitter, Tabata relatou como foi difícil encontrar pessoas que aceitassem interromper suas carreiras por meses para colocar em marcha uma campanha eleitoral "saindo do zero" – algo que ela classificou como "pouco palpável e possível".

"O Daniel disse não a diversas oportunidades de emprego e postergou projetos profissionais, por vários meses, para poder trabalhar na minha campanha", destacou a parlamentar. "Quando decidi me candidatar, no início, pude contar com menos de 10 pessoas, e o Daniel foi uma delas".


Os russos de Araraquara

Helena Chagas

A prisão, no interior de São Paulo, de quatro suspeitos de hackear os celulares do ministro Sérgio Moro e de outras autoridade, inclusive da Lava Jato, criou um fato político. De agora em diante, a imprensa será alimentada, dia a dia, hora a hora, com informações – ou vazamentos? – dessa investigação que poderão fazer frente, ou concorrer, com as novas revelações do The Intercept sobre as conversas impróprias dos personagens da foça-tarefa de Curitiba. No roteiro lavajatista, a prisão dos hackers de Araraquara terá o poder de estancar a sangria que vem enfraquecendo Moro, Deltan Dallagnol e outros. A realidade, porém, pode ser diferente.

Entre os presos, há um ex-DJ de Araraquara e um ex-acusado de estelionato, que teriam entrado nos telefones celulares e extraído mensagens. Não se tem ainda detalhes da investigação, mas, a não ser que confessem ter sido contratados/pagos por alguém que encomendou o serviço e terem entregue a essas pessoas as mensagens divulgadas pelo jornalista Glenn Greenwald – que a Polícia Federal nega estar investigando -, vai ser difícil relacioná-lo a algum crime. Afinal, quantos de nós, jornalistas, não divulgamos documentos, dados, mensagens e gravações que se provaram autênticas sem revelar ou,

Ou seja: uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. A investigação dos hackers de Araraquara deve prosseguir de forma aberta e transparente – ainda que alguns duvidem da capacidade do ex-DJ e dos demais presos de promover uma operação de tal envergadura. Afinal, se não der em nada, vão virar personagens folclóricos do naipe dos ETs de Varginha, e será um vexame para a PF e demais autoridades responsáveis por sua captura.

Nada disso deve obstaculizar, porém, o acesso do público às mensagens e a investigação paralela que pode comprovar ou não sua veracidade e desnudar os excessos da Lava Jato.

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