Política : ELEIÇÕES 2020
Enviado por alexandre em 09/07/2019 08:55:58

Com governo Bolsonaro, PT cede e deve fazer alianças inéditas para as eleições municipais de 2020

Diante do avanço das forças de direita no plano nacional, os partidos de esquerda que fazem oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro planejam alianças inéditas para a eleição municipal do ano que vem. Como sinal mais evidente desse movimento, pela primeira vez na História, o PT deve apoiar em primeiro turno candidatos do PSOL em disputas importantes.

São dadas como certas adesões dos petistas às candidaturas de Marcelo Freixo, no Rio, e Edmilson Rodrigues, em Belém. O PSOL foi fundado em 2004 por deputados que haviam sido expulsos do PT por se posicionarem de forma crítica ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Freixo deve disputar no ano que vem pela terceira vez a prefeitura de Rio. Nas duas vezes anteriores, teve os petistas como adversários. Em 2012, o partido de Lula se aliou a Eduardo Paes (PMDB), que saiu vitorioso já no primeiro turno. Em 2016, os petistas aderiram a Jandira Feghali (PCdoB) e só apoiaram o candidato do PSOL no segundo turno contra o atual prefeito Marcelo Crivella (PRB).

— Está bem encaminhado para apoiar o Freixo, só não digo que há consenso porque no PT não existe consenso. Mas uma ampla maioria caminha nesse sentido, afirma Alberto Cantalice, um dos vice-presidentes nacionais do PT.

Costuras em BH e Belém; impasse em SP

No Pará, petistas devem apoiar Edmilson Rodrigues, que comandou Belém por duas vezes pelo PT (1997-2004). Em 2005, ano do escândalo do mensalão, mudou para o PSOL.  Pelo novo partido, voltou a concorrer à prefeitura em 2012 e 2016. Nas duas vezes, teve o PT como adversário no primeiro turno e só contou com o apoio de seu ex-legenda no turno final (foi derrotado em ambos pelo tucano Zenaldo Coutinho).

O PT ainda prevê aliança em torno de Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre. Vice de Fernando Haddad na disputa presidencial do ano passado, Manuela já tentou se eleger na capital gaúcha em 2008 e 2012, quando teve candidatos do PT como adversários. A chapa encabeçada pela comunista também pode atrair o PSOL e o PDT.

Partidos de esquerda também costuram alianças em Belo Horizonte e Florianópolis. Nas duas cidades, já houve reunião entre representantes do PT, PSOL e PCdoB.

Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB, acredita as alianças podem ser costuradas no bojo do alinhamento de pautas de oposição a Bolsonaro.

— É importante que os partidos conversem para encontrar uma convergência e 2020 pode ser um produto disso, disse Sorrentino.

Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, diz que o quadro político atual é “totalmente novo”. 

— Num contexto de governo Bolsonaro, é presumível que existam mais coligações. O PSOL antes ficava na oposição, e o PT, o PCdoB, o PDT e o PSB faziam parte do governo da Dilma Rousseff.  

Os partidos de esquerda, porém, enfrentam problemas na maior cidade do país. Nem mesmo o PT, que já governou São Paulo por três vezes, tem um nome forte para disputa local. Em agosto, o partido começa os debates para chegar a um candidato competitivo na cidade. Com informações de O Globo.



Em reunião com líderes partidários nesta segunda-feira (08), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo concluiu que os policiais já estão contemplados com o direito a integralidade da aposentadoria até a aprovação da reforma da Previdência.

“Esse texto mantém a integralidade das justiças. Logo, eles têm uma grande conquista que é, para todos aqueles que estão na ativa, a integralidade está mantida”, disse.

Até a promulgação da PEC, estará valendo o entendimento da lei complementar 51 de 1975 que já garante a integralidade para as carreiras, segundo o entendimento da área jurídica do governo.

Ficam contemplados os policiais civis do Distrito Federal, policiais legislativos, policiais federais, policiais rodoviários federais, agentes penitenciários e agentes socioeducativos que ingressaram na carreira até a data em vigor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência.

Onyx participou de reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários. Ele estava acompanhado do ministro José Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

O presidente Jair Bolsonaro entregou o projeto da reforma ao Congresso em 20 de fevereiro. A matéria foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa em 23 de abril e na comissão especial em 5 de julho.

Por ser uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), a reforma da Previdência precisa ser aprovada por ao menos 308 deputados em duas votações realizadas separadamente, ou seja, em 2 turnos.

É possível que uma PEC seja votada em 2 turnos no mesmo dia, desde que seja votada uma “quebra de interstício”, ou seja, a redução do tempo de intervalo previsto.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia