Política : MARCADO
Enviado por alexandre em 08/07/2019 08:43:52

Senado marca data para ouvir Glenn Greenwald

CCJ do Senado marca data para ouvir Glenn Greenwald. Editor do site The Intercept Brasil foi convidado a prestar esclarecimentos sobre diálogos que colocam em xeque a imparcialidade de Sergio Moro na Lava Jato.

Convite foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado (Adriano Machado/Reuters)

Da Veja - Por Leonardo Lellis

 

O jornalista Glenn Greenwald vai comparecer na próxima quinta-feira, 11, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para esclarecer os diálogos revelados pelo site The Intercept Brasil, do qual é editor, entre o então juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol no âmbito da Operação Lava Jato. O convite foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição na Casa.

Reportagem de VEJA em parceria com o The Intercept Brasil mostra que Moro orientava ilegalmente ações da força-tarefa chefiada por Dallagnol. No mais completo mergulho já feito nesse conteúdo, foram analisadas pela 649.551 mensagens. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem.

Esta não será a primeira vez que Glenn Greenwald será ouvido por parlamentares. No último dia 25, o jornalista compareceu à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados para falar sobre as mensagens. Na ocasião, ele afirmou que “em qualquer país democrático” Moro sofreria consequências graves, como perda do cargo de ministro ou proibição para exercer a função pública.

Aos deputados presentes, Greenwald disse ainda que Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, não negou, em nenhum momento, a veracidade das mensagens reveladas pelo The Intercept Brasil. “Ele disse apenas que o material poderia ter sido alterado”, afirmou.

As mensagens foram obtidas, segundo o site, a partir de uma fonte anônima — além de negarem qualquer irregularidade nos diálogos, Moro e Dallagnol dizem que o vazamento é fruto de uma ação hacker e que não é possível confirmar a autenticidade do material. Na audiência na Câmara, Greenwald disse que “não tem importância nenhuma” o método utilizado por uma fonte para obter uma informação. “O jornalismo mais importante nas ultimas décadas foi baseado em informações e documentos muitas vezes roubados”, afirmou.

Onyx: governo tem 330 votos para a Previdência

Reforma da Previdência

Governo tem 330 votos para aprovar reforma da Previdência, diz Onyx. Ministro da Casa Civil se reuniu com o presidente da Casa, Rodrigo Maia, neste domingo. Deputados devem começar a analisar texto na terça.
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Da Veja - Por André Siqueira

 

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou, neste domingo, 7, que o governo estima ter 330 votos favoráveis à reforma da Previdência na Câmara. São necessários 308 votos dos 513 deputados para que a proposta passe. Onyx se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na residência oficial do parlamentar.

“A gente tem um cálculo assim, vamos dizer, realista, com pé bem no chão, e a gente caminha para ter algo em torno de 330 [votos], que poderá ser até mais do que isso”, disse o ministros após o encontro.

No sábado, Maia também mostrou otimismo com a aprovação da reforma. O presidente da Câmara evitou falar em números, mas disse que a proposta deve passar na Casa com “boa margem”.

A expectativa é de que o texto-base do relator, deputado Samuel Moreia (PSDB-SP), comece a ser analisado no plenário da Casa na terça-feira 9. Os aliados do governo trabalham para aprovar a reforma antes do recesso parlamentar, que terá início em 18 de julho.

A comissão especial da reforma da Previdência aprovou, na quinta-feira 4, o parecer de Samuel Moreira por 36 votos a 13. O texto deixou de fora pontos que ainda são negociados por líderes partidários e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, como a inclusão de estados e municípios e a flexibilização das regras de aposentadoria para agentes de segurança pública.

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