Delatores na berlinda e a moralidade do cargo A crise da Lava Jato começa a gerar críticas enfáticas de nomes relevantes no Ministério Público Federal. O ex-procurador-geral Claudio Fonteles produziu duro artigo, ao lado de outros três procuradores aposentados e um ex-juiz do TRF-4. O texto elenca as mensagens entre Moro e Deltan Dallagnol reveladas pelo The Intercept Brasil e diz que a conduta de ambos fere a Constituição. “Os personagens dos diálogos acima, na dimensão dos fatos postos, não representam a magistratura nem o MPF”, dizem os signatários do artigo. Os ex-procuradores e o juiz aposentado escrevem ainda que “fatos gravíssimos (…) não podem ser escondidos; colocados sob o manto do silêncio”. “Os diálogos existiram. O teor das conversas não foi negado. (…) Não se pode tergiversar com princípios constitucionais!”. (Painel – FSP)
Daniela Lima - Painel - Folha de S.Paulo Mensagens enviadas por um autointitulado hacker ao grupo do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) causaram forte impressão nos destinatários. Pelos termos usados e pelo material apresentado –ele anexou um áudio atribuído a integrantes da força-tarefa de Curitiba–, membros do CNMP suspeitam não se tratar de um amador. O discurso e o modo como exibiu conhecer as funções da Procuradoria levantaram a tese de que o ciberpirata pode integrar ou ter integrado o quadro do MP. Salve-se quem puder - Assim que a presença do tal hacker no grupo de integrantes do CNMP foi detectada, conselheiros do órgão dispararam mensagens a pessoas próximas recomendando redobrar os cuidados com brechas na segurança de aplicativos utilizando todos os mecanismos disponíveis de verificação de identidade no acesso. |