Política ambiental que se lasque Blog do Kennedy O ministro Ricardo Salles não está interessado em defender o meio ambiente. Salles tem atuado no sentido de derrubar políticas construídas ao longo dos últimos trinta anos. Recentemente, diluiu a representação da sociedade civil no Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), ampliando a presença de um Executivo hostil aos ambientalistas. Nas últimas décadas, a agricultura e a pecuária brasileira conquistaram mercados internacionais enquanto o país melhorava os seus controles de preservação ambiental. Destruir esses controles deverá levar países que importam produtos brasileiros a retaliar nossos exportadores. A questão ambiental é levada a sério no plano internacional. Um país como o Brasil, uma potência ambiental, deveria medir as consequências sistêmicas de uma política pró-ruralistas que deverá se tornar um tiro no pé. Ambientalistas alertam para o crescimento do desmatamento no Brasil. Se os números da gestão Bolsonaro confirmarem aumento significativo da devastação, exportadores brasileiros vão ser prejudicados no médio e no longo prazo.
A nota do ministro chocou movimentos ligados à educação. A avaliação é a de que, embora pregue ser liberal, o governo Jair Bolsonaro indica que acha que cabe ao Estado interferir na relação entre pais e filhos. O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), membro da Comissão de Educação, vai levar o caso ao colegiado na próxima semana. Abrir canal para aluno denunciar professores significa que ele começou o Escola Sem Partido. Fiquei assustado, não entendi a abordagem e quero saber se é legal”, diz Alencar. (Painel – FSP)
Vera Magalhães - Estadão O resultado levemente negativo da economia no primeiro trimestre foi puxado principalmente pelas exportações (-1,9% frente ao trimestre anterior) e pelos investimentos (-1,7%). Paulo Guedes tentou dar um ansiolítico aos analistas e agentes e antecipou o anúncio de medida ainda não finalizada para liberar saques do FGTS de contas ativas e inativas. No entanto, ele mesmo comparou a medida a uma chupeta na bateria de um carro –ou seja, emergencial, mas não duradoura. Enquanto os números negativos da economia eram o tema do dia, o segundo protesto contra o contingenciamento de recursos da Educação flopou: os atos em todo o País foram bem menores que os primeiros, do dia 15, e também que as manifestações pró-governo, no dia 26. Antes de estudantes e professores irem às ruas, Abraham Weintraub foi às redes. Numa manifestação, incentivou pais e alunos a denunciarem eventuais coações de professores para que comparecessem aos protestos. Em outro vídeo, mais com cara de stand-up comedy, aparece bailando ao som de Singing in the Rain para dizer que “chovem” fake news sobre o MEC. O exemplo era reportagem que apontava contigenciamento de verbas para a reconstrução do Museu Nacional. Desmentindo. Weintraub atribuiu os bloqueios a uma decisão da bancada do Rio, responsável pelas emendas. No fim do dia, no entanto, a coordenação da bancada divulgou nota em que mostra que o contingenciamento foi informado pela Casa Civil, que pediu apenas que deputados e senadores indicassem em que emendas ele seria feito.
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