Tânia Monteiro e Vera Rosa, O Estado de S.Paulo Um dia após as manifestações de rua em defesa do governo, o presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer um afago na direção do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, na tentativa de reconstruir pontes.
Alertado de que as mobilizações do domingo causaram um mal-estar ainda maior nas relações com o Legislativo e o Judiciário, Bolsonaro convidou os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo, Dias Toffoli, para um café da manhã, nesta terça-feira, 28, no Palácio da Alvorada.
A ideia de Bolsonaro é tentar uma reaproximação com os chefes dos Poderes, propondo um “pacto pelo Brasil” e a favor das reformas da Previdência e tributária, além do apoio a projetos sobre segurança pública, conforme havia sugerido Toffoli, ainda em fevereiro.
Nos bastidores, integrantes do Congresso e do Judiciário avaliam que, mesmo com desconfianças em relação a Bolsonaro, é necessário investir rapidamente em um acordo para evitar que as crises política e econômica se aprofundem.
Com risco de perder validade, Bolsonaro defende que Senado não altere MP
Jornal do Brasil
Com o risco da medida provisória da reestruturação do governo perder validade, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez um novo apelo nesta segunda-feira (27) para que o Senado não faça alterações na proposta aprovada pela Câmara.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o presidente considera que, em grande parte, "o texto original foi acatado" e que, neste momento, o Senado deve avaliá-lo "de forma bastante objetiva", dando-lhe celeridade.
Nesta segunda-feira (27), o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), insistiu para que a proposta seja alterada com a manutenção do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) na Justiça. Na semana passada, a Câmara votou por sua devolução para a Economia, como era na administração de Michel Temer.