A direção nacional do MDB apresenta na quarta-feira (29) nova minuta de estatuto partidário e de reestruturação de seu conselho de ética. Entre as regras propostas está a desfiliação automática de condenados pela Justiça em segunda instância. A ideia é incorporar à sigla a dinâmica da lei da Ficha Limpa. O novo estatuto também prevê a criação de estrutura de auditoria de contas dos diretórios da legenda. A esse grupo caberia apontar a necessidade de apurações e suspeitas de mau uso dos recursos públicos.
Agora é que são ela - O partido vai propor que seus dirigentes sejam escolhidos para mandato de quatro anos, sem direito à reeleição. Haverá ainda a garantia de que, nos primeiros oito anos de vigência do novo estatuto, 20% das vagas de direção da sigla sejam reservadas a mulheres. Depois, o índice subiria para 30%. (Painel – FSP)
Maia tem se posicionado também contra as propostas de semipresidencialismo, que limitariam o poder de Bolsonaro
Os debates sobre eventual impeachment de Jair Bolsonaro, que ganharam impulso na semana passada, começaram a arrefecer.
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
As razões principais são duas: o vice-presidente, Hamilton Mourão, não inspira confiança suficiente no universo político para ganhar apoio e assumir o cargo —situação oposta à de Michel Temer quando era vice de Dilma Rousseff.
Mourão assumiria nos seguintes casos: impeachment, renúncia ou morte do presidente. Ele só não ocuparia a Presidência caso o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) casasse a chapa que concorreu à eleição em 2018— Bolsonaro como presidente e ele como vice.
Caso isso ocorresse antes de Bolsonaro e Mourão completarem dois anos de mandato, seriam convocadas eleições diretas. Depois de dois anos, eleições indiretas.
FORA DESSA
A segunda razão de bloqueio do impeachment é que o tema está, neste momento, fora da agenda do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Sem a anuência dele, que comanda a pauta do parlamento, propostas de impedimento não conseguem prosperar.