Regionais : Bolsonaro: “Nas ruas, pautas legítimas e democráticas”
Enviado por alexandre em 26/05/2019 23:49:30


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





Grande maioria foi às ruas com pautas legítimas e democráticas', diz Bolsonaro

Presidente ressalta que desincentivou a participação nos atos deste domingo de 'quem estivesse pedindo o fechamento do Congresso ou do STF'

O Globo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em seu perfil no Twitter neste domingo que a maioria dos manifestantes que participaram de atos a favor de seugoverno pelo país foi às ruas com "pautas legítimas e democráticas". Bolsonaro ressaltou que já havia desautorizado a participação nos atos de quem defende o fechamento do Congresso ou do Supremo Tribunal Federal

"Há alguns dias atrás, fui claro ao dizer que quem estivesse pedindo o fechamento do Congresso ou STF hoje estaria na manifestação errada. A população mostrou isso. Sua grande maioria foi às ruas com pautas legítimas e democráticas, mas há quem ainda insista em distorcer os fatos", publicou.

Também pelo Twitter, Bolsonaro já havia apoiado o comparecimento nos atos . As passeatas a favor do governo foram registrados em diversos estados e no Distrito Federal. Os manifestantes defendem projetos da gestão do presidente, como a Reforma da Previdência e o pacote anticrime e anticorrupção, apresentado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Há ainda cartazes contra o "centrão" e o Supremo Tribunal Federal ( STF ).

Pela manhã, Bolsonaro visitou a Igreja Batista Atitude da Barra, na Zona Oeste do Rio, e afirmou que o  povo está indo às ruas  neste domingo nos atos pró-governo para "defender o futuro da nação" e dar um recado para "aqueles que teimam, com velhas práticas, não deixar que esse povo se liberte".



A manifestação da direita

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 






Movimento é a cara da esquerda que vai às ruas

Ascânio Seleme – O Globo

Ninguém se surpreenderia se as bandeiras das manifestações que tomaram as capitais fossem vermelhas. As pautas substantivas dos que foram às ruas neste domingo são muito parecidas das empunhadas pelos manifestantes de duas semanas atrás. Abaixo a corrupção; fim dos privilégios; combate ao crime; política limpa; justiça igual para todos; resultados na economia. A direita desorganizada brasileira, descontadas as nuances, é a cara da esquerda que vai às ruas.

Em primeiro lugar, ambas são ingênuas. Gritam e jubilam-se coletivamente por um Brasil utópico, onde as coisas funcionem de acordo com a sua vontade, e somente por ela. Ignoram, ou não aceitam, o que é pior, os jogos de pressão, os lobbies, os grupos e as tendências políticas que existem em qualquer sociedade organizada. Olham para o Congresso e só enxergam o que chamam de velha política. Trata-se na verdade de toda e qualquer forma de ação política que não atenda aos seus interesses. Direita e esquerda são iguais nesse aspecto.

A direita que desfilou na Avenida Atlântica e na Avenida Paulista não é carnívora. Ela quer o que todos querem, um país mais justo, menos roubalheira, mais ordem, menos crime, justiça. Bolsonaro foi apenas uma imagem, uma ilusão. Poderia ser Lula. Seria igual em força e teor. Nem mesmo o impulso que movimenta as duas extremidades é diferente. Se a esquerda dá ônibus e sanduíches para seus militantes, a direita dá bandeiras, bandanas e camisetas. O mar de bandeiras brasileiras iguais, fabricadas em série, guarda a imagem e a semelhança das bandeiras e bonés do MST.

Os extremistas de cada lado somem na multidão. Os que gritaram pelo fechamento do Congresso e do Supremo, ou em favor da volta dos militares e da ditadura, foram pingos na multidão, não significaram nada. Como nada significam os extremistas de esquerda que pregam o fim do capitalismo, da sociedade burguesa e de todos os seus asseclas que usam ternas e togas. Tantos estes quanto aqueles querem regimes de força, onde só uns poucos ungidos mandam, desmandam, prendem e arrebentam. Foi assim na história, de um lado e de outro.

O que importa numa manifestação como a deste domingo é que um grupo grande de brasileiros, honestos e sinceros na sua maioria, foi à rua pedir soluções para tirar o Brasil do buraco. Há duas semanas outro grupo de brasileiros honestos e sinceros pedia da mesma forma saídas para a crise. A diferença entre os dois times é marginal. Uns são mais humanistas, outros mais egoístas. Uns querem resultados já, outros poderiam ter resolvido ontem. Todos são brasileiros e querem um Brasil melhor para si, para seus filhos, para todos.

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