Política : É CONTRA
Enviado por alexandre em 10/05/2019 08:35:25

Bancada evangélica contra o decreto de armas

Integrantes da bancada evangélica na Câmara vão tentar barrar o decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas para várias categorias profissionais da sociedade. A oposição já apresentou decretos ao Legislativo para revogar a medida, mas os deputados evangélicos, apesar de estarem a favor da causa, não querem se aliar ao grupo.

“Estou conversando com vários deputados, e já temos vários que vão apoiar sim o decreto legislativo, desde que não seja apresentado por partidos de esquerda. Não apoiamos nada do PT. Se for do PT não terá nosso apoio”, disse ao O Globo Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ligado ao pastor Silas Malafaia.

Após o Podemos capitanear a obstrução à votação da reforma administrativa no plenário da Câmara (com o deputado Diego Garcia pedindo a questão de ordem na sessão que votaria a MP 870), o líder da sigla, José Nelto, disse ao BR18 que está articulando junto com outras lideranças um novo bloco de partidos de centro.   (Estadão – BR 18)


Planalto discute substituição do líder do governo

Por Tales Faria

O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), deve ser a primeira vítima da votação da medida provisória 870, da reforma administrativa promovida após a posse de Jair Bolsonaro no Planalto. A MP foi aprovada na manhã de hoje na comissão especial, com alterações em relação à proposta inicial do governo.

A mais polêmica das alterações, considerada a principal derrota do governo, foi a que devolveu o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para Ministério da Economia, tirando-o da Justiça.

Os partidos do Centrão (PP, MDB, DEM, PR, SD e PRB) comandaram a votação, com ajuda de legendas de oposição. Fecharam acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para aprovar a MP em plenário ainda na parte da tarde.

O Planalto já havia se conformado a fim de evitar que a MP perca a validade e caia por completo.

Mas o deputado Delegado Waldir (GO), líder do partido de Bolsonaro, PSL, não compareceu ao plenário e um representante do Podemos, Diego Garcia (PR), impediu a conclusão da votação com base no Regimento da Casa.

Maia e o Planalto atribuíram a decisão do deputado a uma articulação do PSL e à falta de comando de Vitor Hugo sobre a bancada governista.

Sem a votação nesta tarde, a MP corre o risco de não ser votada na Câmara e no Senado antes de sua extinção, no dia 3 de junho. Vitor Hugo foi chamado ao Planalto imediatamente para dar explicações ao chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Ouviu do ministro críticas à desarticulação da bancada governista. O ministro disse-lhe que não foi só nesse caso e que lavava as mãos para sua permanência no cargo.

Segundo Onyx contou a líderes aliados, foram suas escolhas pessoais a nomeação da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), e do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).

Mas, como Vitor Hugo foi uma escolha do presidente, caberá a Jair Bolsonaro decidir se ele permanece no cargo.

Durante a votação, Joice foi vista ao telefone conversando com Onyx e afirmando: "O que posso fazer, pegar o Vitor Hugo pelo braço? Não dá”.

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