Política : RECADO
Enviado por alexandre em 29/04/2019 08:16:46

Críticas de Maia caiu suave no Planalto
Apesar das tentativas de minimizar os termos, as críticas feitas por Rodrigo Maia aos filhos de Bolsonaro em entrevista ao Buzzfeed foram celebradas por integrantes do Planalto e do PSL que viram na fala do comandante da Câmara um recado necessário ao presidente.

Ao Buzzfeed, o democrata disse que Carlos pode “ser doido à vontade”, mas que age sob a coordenação do pai.

Já Eduardo, que é deputado, estaria deslumbrado.

Maia disse que as falas foram tiradas de contexto, mas o site manteve o teor da entrevista. Bolsonaro declarou que se tratava de “fake news”. (Painel – FSP)


Coluna de segunda-feira

Acinte ao povo

As excelências do Supremo Tribunal Federal adoram lagosta e caviar, enquanto o povão, diante do agravamento da crise e da alta do desemprego, não pode comer todos os dias sequer o seu feijão com arroz. Morri de vergonha quando li que o STF abriu licitação com gasto estimado em R$ 1,134 milhão para "prestação de serviços de fornecimento de refeições institucionais". O fornecedor que vencer o pregão eletrônico será responsável pelas refeições, de acordo com as necessidades da corte.

No menu exigido pelo STF estão produtos como camarão ao vapor, medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada e bacalhau à Gomes de Sá. O edital diz ainda que moqueca (capixaba, baiana) e arroz de pato sejam colocados à mesa. Outras exigências são: salada Waldorf com camarões, pato assado, carré de cordeiro e medalhões de filé.

No cardápio de espumantes, é necessário que ele seja produzido pelo "método champenoise e que tenha ganhado ao menos 4 (quatro) premiações internacionais". Se o vinho for tinto fino seco, precisará ser Tannat ou assemblage, com safra igual ou posterior a 2010 e que também tenha ganhado pelo menos 4 (quatro) premiações internacionais.

Se for o tinto fino seco de uva tipo Cabernet Sauvignon, a safra deve ser igual ou posterior a 2010. Ele "deve ter sido maturado em barril de carvalho, de primeiro ou segundo uso, por período mínimo de 12 (doze) meses". Se o vinho for branco fino seco, a uva precisa ser tipo Sauvignon Blane, a safra deve ser de 2015 e a "colheita das uvas para fabricação do vinho deve ter sido feita manualmente".

Outras bebidas exigidas são: " caipirinha, feita de limão e cachaça de alta qualidade; destilados, como uísques de malte, de grão ou sua mistura, envelhecidos por 12 (doze), 15 (quinze) ou 18 (dezoito) anos, cachaças envelhecidas em barris de madeira nobre por 1 (um) ou 3 (três) anos, gim, vodca, conhaque envelhecido por no mínimo 2 (dois) anos; vinhos de sobremesa; aperitivos, incluindo coquetéis de bebidas; bebidas digestivas e licores finos".

Esses fanfarrões zombam de nossas caras. Se já não bastassem as decisões questionáveis que tomam, sendo suspeitos de venderem sentenças, cometem o acinte de terem mordomias usando o dinheiro alheio, meu, seu, nosso. O STF é uma verdadeira caixa preta, certamente a corte que mais fede em Brasília. Ninguém consegue desvendar o mistério da toga. Nem a imprensa! O Congresso deu uma nova demonstração de medo no enfrentamento ao arquivar pedido de CPI no Senado. Triste País que tem um Congresso tão submisso e um Judiciário tão corrupto.

ACREDITE SE QUISER– Em nota, o Supremo ressaltou que "o edital da licitação do serviço de refeições institucionais em elaboração pelo STF reproduz as especificações e características de contrato semelhante firmado pelo Ministério das Relações Exteriores (que faz o cerimonial da Presidência da República)". Ponderou que o Tribunal de Contas da União analisou e validou o edital, "mas com redução de escopo: dos 21 itens contratados pelo ministério, 15 são objeto da licitação do STF". O custo de R$ 1,1 milhão "é uma referência, que será submetida à disputa de preços entre as participantes do pregão. Além disso, o contrato prevê que o STF pagará apenas pelo que for efetivamente demandado e consumido, tendo o valor global do contrato como um teto".

Vai embora – A revista Veja traz na capa as intrigas do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, com o vice-presidente Hamilton Mourão. Conclui a reportagem que o chefe e pai avaliza as críticas púbicas que o filho tem feito ao vice. Ressalta que ele não concorda com tudo, mas acha que o filho mira no alvo certo. “Algumas críticas são justas”, disse o presidente. Ouvido pela revista, Mourão reagiu sem papas na língua:  “Se ele (Bolsonaro) não me quer, é só dizer. Pego as coisas e vou embora. 

Protesto contra censura– A Anadef, entidade que representa os Defensores Públicos Federais, manifesta repúdio ao ato de censura realizado pelo presidente Jair Bolsonaro ao exigir a retirada de uma campanha publicitária que celebra a diversidade. Para a Associação, essa medida demonstra a extrema desconexão e a falta de empatia do Governo Federal com as representações da enorme pluralidade racial e sexual da população brasileira. ” O ato foi profundamente lamentável e chama a atenção para a necessidade urgente de discutirmos a intolerância que este governo promove. É inaceitável um questionamento de identidade étnica, sexual, de gênero, religiosa ou de qualquer natureza”, diz a nota.

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