Presidente decidiu chamar agentes federais aprovados em concurso público Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo A decisão do presidente Jair Bolsonaro de convocar mais de mil policiais federais aprovados em concurso público no ano passado deixou a equipe econômica do governo surpresa —e apreensiva. No Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, a iniciativa foi vista como uma “fissura” na estratégia de contenção de gastos. De acordo com um dos auxiliares diretos do ministro, ao abrir exceção para policiais, o presidente dificulta que outras contratações sejam evitadas. O melhor seria que Bolsonaro esperasse o que é definido como reestruturação do Estado, com a aprovação de reformas, para então flexibilizar despesas. Somada à interferência direta de Bolsonaro no preço do diesel, a medida foi vista como um “desvio de rota”—que, espera-se, seja pontual.
O secretário-adjunto de Fazenda, Esteves Colnago, afirmou, hoje, que não há previsão de concurso público no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. "A premissa neste momento é a não realização de concurso público", disse durante a apresentação do texto, que segue para análise do Congresso Nacional. A restrição para a realização de concursos já vinha sendo sinalizada pelo governo. Na semana passada, o ministro Paulo Guedes afirmou que o governo estava cortando concursos e reduzindo drasticamente o número de funcionários. "Acabou o empreguismo, não tem mais isso", disse.
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