O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o programa que vai alterar as regras do Mais Médicos vai priorizar a contratação de profissionais para municípios do Norte e do Nordeste. Para definir os locais, o governo vai usar critérios como IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), dificuldade de alocação de profissionais e tempo de permanência.
“A prioridade do governo federal será garantir a presença nos chamados vazios sanitários. Nesses locais é onde vamos ter nosso olhar mais atento”, disse o ministro, após dar uma palestra em almoço do Lide na capital paulista. O governo prometeu para o primeiro semestre deste ano o envio de um projeto ao Congresso alterando o programa. Mandetta afirmou que, após o projeto, outra discussão que a Pasta deve fazer envolverá os critérios de contratação de médicos formados no exterior sem e revalidação do diploma.
Preparando um novo programa que altera o Mais Médicos, o ministro declarou que o próximo formato irá atender as cidades necessitadas e distantes dos grandes centros. A pasta pretende encaminhar no primeiro semestre deste ano um projeto ao Congresso com novas regras para contratação temporária de médicos.
“O programa vai voltar para atender o Brasil profundo que precisa, é lá que temos que atender. É reconhecer a dificuldade da cidadezinha do interior do Agreste de Pernambuco, do interior do Acre, é lá que temos que atuar e é lá que vamos atuar”, disse Mandetta. O ministro criticou o modelo do programa criado pelo governo do PT e disse que o Mais Médicos começou a servir politicamente para colocar médicos em cidades que não têm indicadores frágeis na saúde.