Policial : MOSSAD
Enviado por alexandre em 08/03/2019 22:36:27

O serviço secreto israelense é considerado o mai temível

O Mossad, o serviço secreto israelense, é considerado o mais temível do mundo e ficou conhecido por suas operações especiais durante a Guerra Fria.

Mossad – Serviço secreto israelense
Símbolo distintivo do Mossad, o serviço secreto israelense
O Mossad (palavra em hebraico que significa “O Instituto”) é o serviço secreto ou o instituto de inteligência e operações especiais do Estado de Israel. Criado em 13 de dezembro de 1949, a partir de sugestão do primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion, o Mossad é considerado por muitos analistas o serviço secreto mais eficiente e mais temido do mundo, ultrapassando a CIA, americana, e a antiga KGB, soviética.


Origens do Mossad

As origens do serviço secreto de Israel remontam às primeiras ações de espionagem e contraespionagem feitas por membros da Haganá, organização paramilitar judaica atuante na Palestina nos anos 1930 e 1940 e que precedeu as Forças de Defesa de Israel. Um dos primeiros espiões da Haganá foi Ezra Danin, um agricultor que começou a passar informações à Haganá sobre endereços, placas de carros, hábitos cotidianos, entre outros aspectos, de árabes envolvidos em milícias antissionistas da época. Danin incorporou-se à Haganá e, anos mais tarde, criou o Shai, unidade da Haganá especializada em espionagem.

Por outro lado, o Mossad também foi constituído por membros do Jewish Brigade Group, a brigada judaica que foi lutar em Tarvisio, Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Essa brigada recebeu autorização de comandantes da época para levar, secretamente, judeus europeus para a Palestina, naquilo que ficou conhecido como Operação Brecha. Entretanto, durante essa operação, os membros da brigada descobriram os campos de concentração nazistas. A visão dos judeus mortos nos campos levou esses combatentes à formação dos nokmin, esquadrões de assassinos vingadores encarregados de caçar e eliminar os oficiais nazistas da SS e da Gestapo.

Ainda no ano final da Segunda Guerra, em 1945, esses esquadrões passaram a atuar na Alemanha e em outras regiões onde os oficiais pudessem estar escondidos, como diz o pesquisador Eric Frattini:

Disfarçados de policiais militares, os nokmin dedicaram-se a prender, um a um, todos os que faziam parte da lista. Depois de lhes serem lidos os direitos, eram executados mediante estrangulamento. A equipe de Vingadores era formada por Israel Karmi, Maier Shorea e Haim Harkov. O executor era Shev Kerem, que, anos depois, se uniria ao recém-criado Mossad. A unidade atuava sempre num raio de ação de cem quilômetros ao redor de Tarvisio, e as operações, realizadas perto de lagos, rios e barragens, não deixavam o menor rastro. Sua única meta era executar o maior número possível de assassinos nazistas. Toda tarde, o chefe dos nokmin recebia uma lista de alvos e, à noite, vários esquadrões saíam em missão sem que nenhum dele soubesse o que os demais faziam. A unidade de executores judeus atuaria apenas durante alguns meses e jamais se soube o número de nazistas mortos. [1]

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Alguns dos líderes desses esquadrões fizeram parte da primeira leva de agentes secretos do Mossad, como foi o caso de Abba Kovner, que atuou como nokmin no Leste europeu.

Operações do Mossad

Apesar de formalmente criado em 13 de dezembro de 1949 como “Instituto Central de Coordenação”, o Mossad só foi formalizado em março de 1951. O seu primeiro memuneh (diretor) foi Isser Harel, que foi responsável pela primeira operação de grande porte do Mossad: o sequestro e a condução do ex-tenente-coronel da SS nazista, Adolf Eichmann, na Argentina. Essa operação recebeu o nome de “Garibaldi” e foi posta em prática por um grupo do Mossad liderado por Raphael Eitan.

A partir de 1963, Ben-Gurion, então primeiro-ministro de Israel, nomeou outro diretor para o Mossad, Meir Amit. Por ordem de Gurion, Amit criou a unidade Kidon (“Baioneta”), responsável por pôr em prática operações de execução de inimigos de Estado. As normas gerais da Kidon eram:

“Não haverá matanças de líderes políticos; estes devem ser tratados através de meios políticos. Não se matará a família dos terroristas; se seus membros se puseram no caminho, não será problema nosso. Cada execução tem de ser autorizada pelo então primeiro-ministro. E tudo deve ser feito segundo o regulamento. É necessário redigir uma ata da decisão tomada. Tudo limpo e claro. Nossas ações não devem ser vistas como crimes patrocinados pelo Estado, mas sim como a última ação judicial que o Estado pode oferecer. Não devemos ser diferentes do carrasco ou de qualquer executor legalmente nomeado.” [2]

Com base nisso, o Mossad levou a cabo uma série de ações contra alvos considerados ameaçadores. Entre as principais, destacam-se: a Operação Riga, de 1965, na América do Sul (Brasil e Uruguai), que caçou e executou Herbert Cukurs, responsável pelo massacre de 30 mil judeus no gueto de Riga; a Operação Cólera de Deus, em 1972 e 1973, que teve como alvo os terroristas palestinos envolvidos no massacre da delegação israelense das Olimpíadas de Munique; a Operação Engenheiro, de 1996, cujo alvo foi Yehlya, especialista em explosivos e membro do Hamas, grupo terrorista palestino; e a Operação Netron, levada a cabo entre 2006 e 2011, que liquidou três cientistas do Irã acusados de estarem envolvidos no projeto desse país de produção de armas nucleares.

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