Após posse, publicações de Bolsonaro no Twitter aumentam 52%
O presidente Jair Bolsonaro publicou 38 tweets desde que tomou posse na terça-feira (1º), 52% a mais do que nos últimos cinco dias antes de assumir o governo, quando foram feitas 25 postagens.
Em sua 1ª semana à frente do Planalto, o militar continuou a utilizar a rede social no mesmo tom que vinha usando durante a campanha, com o anúncio de decisões e críticas à criminalidade e opositores. Todos os posts do presidente no Twitter estão armazenados aqui.
O levantamento foi feito até às 16h deste sábado e não inclui os retweets (compartilhamentos) e as respostas dadas a outros usuários da rede. As duas postagens com maior engajamento (curtidas, retweets e comentários) foram publicadas em 1º de janeiro. A foto de Bolsonaro com sua mulher, Michelle Bolsonaro, obteve 168 mil curtidas, 23.391 compartilhamentos e 5.600 comentários.
A outra foi um agradecimento ao tweet do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desejando sucesso no governo. A publicação teve 113.694 curtidas. A 3ª publicação mais difundida na rede foi o anúncio de que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, desmontou a Secretaria de Diversidade e criou a subpasta de alfabetização.
Palavras mais citadas
Os termos mais citados pelo presidente em seu perfil no Twitter foram “Brasil”, “posse” e “presidente”.
O Partido dos Trabalhadores, principal oposição ao governo, foi citado duas vezes nesta semana. Bolsonaro escreveu que o Ceará, governado pelo petista Camilo Santana, jamais será abandonado por sua gestão em momentos de crise. O Estado sobre sofre uma onda de ataques criminosos em várias cidades.
Neste sábado (05), ele publicou dois textos atacando o PT e Fernando Haddad, adversário derrotado por ele no 2º turno. Ele disse que o petista é “fantoche do presidiário corrupto”, em referência ao ex-presidente Lula. Declarou ainda que o PT quebrou o Brasil.
As postagens foram feitas para rebater um texto que Haddad publicou em suas redes sociais de um jornalista alemão afirmando que “está na moda um anti-intelectualismo que lembra a Inquisição”.
Tema que deve ser bastante discutido nos próximos meses pelo governo, a Previdência foi citada apenas em um tweet em que Bolsonaro defende o fim do auxílio-reclusão para presos. Ele também ignorou o tema nas redes sociais durante a campanha presidencial.
Bolsonaro compartilha frequentemente publicações de seu filho Carlos, vereador no Rio, e de páginas simpatizantes, como o “Renova Mídia”, “República de Curitiba” e “Insentões”. Carlos ajuda há anos na gestão das páginas pessoais do pai.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro fez grande uso das redes para se promover. Ele tem 10,2 milhões de seguidores no Facebook, 2,8 milhões no Twitter, 8,8 milhões no Instagram e 2,3 milhões no Youtube.
|