Núvens negras para Alckmin: vêm aí 3% nas pesquisas
Postado por Magno Martins
PSDB teme que Alckmin continue a cai
Há previsões pessimistas de que ele poderia chegar em julho com 3% das intenções de voto
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
O PSDB teme que Geraldo Alckmin continue recuando nas pesquisas, como ocorreu em sondagens como a da CNT/MDA. Divulgada na segunda (14), ela mostrava o ex-governador caindo de 8,6%, em março, para 5,3% neste mês, num cenário sem Lula.
Há previsões pessimistas de que, no ritmo atual, ele poderia chegar em julho com 3% nas sondagens.
Nesse contexto, voltou a circular entre lideranças do PSDB, do PSB e até do DEM a ideia de deslocar João Doria para ser vice na chapa de Alckmin. Ele deixaria o caminho livre para França disputar o governo de SP, evitando uma disputa sangrenta no estado, e daria musculatura ao ex-governador.
O problema dessa solução é o próprio Doria, que não teria razão para sair da disputa paulistana já que está em primeiro lugar nas pesquisas. Haveria o risco também de ele passar a reivindicar abertamente o lugar de Alckmin na chapa.
Emperrado nas pesquisas, Alckmin tem de se mexer
Empacado, Alckmin é estimulado a fazer vídeos e aumentar entrevistas
Com o tucano sob pressão e empacado nas pesquisas, auxiliares de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) tentam convencê-lo a ampliar sua presença nas redes sociais e na imprensa. A ideia do time do presidenciável é lançar novos produtos para canais de internet, como o YouTube, e aumentar o número de entrevistas a rádios. Uma das propostas é gravar pelo país conversas do ex-governador com eleitores em ambientes comuns, como padarias. Os primeiros testes devem começar nesta semana.
Nas bancadas do PSDB, foi pesado o impacto da pesquisa recente do instituto MDA que registrou o crescimento da rejeição ao presidenciável tucano. A avaliação é a de que Alckmin está sendo visto como o nome do establishment n uma eleição marcada pela repulsa à política.
Aécio dá corda
Aécio Neves (PSDB-MG), que restringiu sua atuação aos bastidores, tem repetido dentro e fora do tucanato que, mesmo com o cenário adverso, Alckmin tem chances. Como? Ele seria beneficiado pelo pragmatismo do eleitor.
Para o mineiro, o voto da exclusão, aquele que leva à escolha de um nome pela rejeição maior à outra opção, muito tradicional nas disputas de segundo turno, desta vez se dará já na primeira etapa da corrida. (DanielaLima – Folha de S.Paulo)
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