Rede de Marina sob ameaça de debandada
Postado por Magno Martins
Enquanto as principais forças políticas do País já se movimentam objetivamente para a disputa presidencial de 2018, a Rede Sustentabilidade, partido da ex-ministra Marina Silva, terceira colocada na eleição de 2014, enfrenta dificuldades financeiras, uma crise ideológica e se vê diante da ameaça de debandada de filiados.
Esse é o quadro apresentado por militantes, assessores e dirigentes do partido, que falaram em caráter reservado. Após ter o registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral em setembro de 2015, a Rede ainda tem estrutura de partido “nanico”, o que ficou evidenciado também no fraco desempenho de seus candidatos nas eleições municipais do ano passado.
A dificuldade em dialogar com outras legendas é outro ponto de divergência interna na Rede. O grupo de Marina reluta em formar alianças com outras siglas para ampliar o tempo de exposição na TV em 2018.
Um dos principais motivos de queixa de integrantes da Rede em relação à Marina é o isolamento da ex-ministra. De acordo com militantes ouvidos pelo Estado, o círculo próximo de Marina é composto pelos coordenadores executivos do partido, Bazileu Margarido e Carlos Painel, o coordenador de organização, Pedro Ivo, e a ex-senadora Heloisa Helena.
Segundo integrantes da Rede ouvidos pela reportagem, Marina concentra sua interlocução com este chamado “núcleo duro” e se distanciou dos parlamentares da sigla, que formaram um outro polo de poder na legenda.
Frase sobre ser vice era brincadeira, diz Meirelles
O ministro da Fazenda ressaltou que foi convidado a ser vice em 2010 e 2014 e nunca levou essa "possibilidade a sério"
EXAME
Depois de afirmar durante evento em São Paulo nesta segunda-feira, 30, que considera “interessante” a possibilidade de ser candidato a vice-presidente em 2018, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tratou de reduzir o peso e a importância da declaração.
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Em entrevista à imprensa, Meirelles afirmou que a frase foi uma “brincadeira” e foi dada em resposta ao empresário Luiz Fernando Furlan, presidente do Lide, que questionou o ministro se ele seria candidato em 2018.
“Foi uma mera brincadeira que eu fiz”, disse ele, ressaltando que foi convidado a ser vice em 2010 e 2014 e nunca levou essa “possibilidade a sério”.
O ministro disse que foi convidado pelo tucano Aécio Neves em 2014 e por Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, para ser vice na chapa de Dilma Rousseff.
Meirelles voltou a afirmar, no evento e aos jornalistas, que seu “foco absoluto” é o ministério da Fazenda e em medidas para fazer a economia crescer.
Ao ser questionado se aceita ser candidato a vice-presidente caso seja convidado em 2018, Meirelles afirmou: “Não acredito que seja algo que tenha grande interesse da minha parte.”
Perspectivas
O ministro comentou ainda as perspectivas eleitorais para 2018 e disse que “o importante é que o Brasil eleja alguém que, de fato, possa consolidar a trajetória do País de crescimento sustentável nos próximos anos”, com aumento do padrão de renda para a população e inflação baixa. |