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Enviado por alexandre em 31/10/2017 09:26:57

Funaro: Temer sabia do esquema de fraudes da Caixa

Postado por Magno Martins

jornal do brasil

O doleiro Lúcio Funaro disse, em mais um depoimento de sua delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF), que o presidente Michel Temer tinha pleno conhecimento do esquema de fraudes e desvios do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) da Caixa Econômica Federal, durante a gestão do então vice-presidente do banco Fábio Cleto, aliado do ex-deputado Eduardo Cunha.

Funaro, que esteve no comando dos fundos de loteria da Caixa, contou que repassava a Cunha informações sobre as empresas que estavam buscando recursos e que cabia ao ex-presidente da Câmara ir a essas empresas e cobrar a propina para que houvesse a liberação dos recursos. A propina abasteceu campanhas do PMDB e a prática era de conhecimento de Temer, do ministro Moreira Franco e dos ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.

O doleiro contou, ainda, que conheceu Eduardo Cunha no final de 2002 e que, a partir de 2003 passou a ter reuniões semanais com o ex-deputado para tratar exclusivamente de negócios ilícitos. Segundo Funaro, foram pelo menos 780 encontros, e que Cunha tinha tanta "neurose" com a possibilidade de grampos telefônicos da Polícia Federal, que ele providenciou aparelhos israelitas para criptografar as ligações e embaralhar as vozes.

"Então, se você quebrar o sigilo telefônico, vão ter pouquíssimas ligações com o deputado Eduardo Cunha", disse o doleiro, cuja delação embasou parte da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), por organização criminosa e obstrução de Justiça, contra o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha.



Temer e os áulicos vivem ilusão da "normalidade"


Josias de Souza

Segundo a superstição de Michel Temer, revelada a aliados que lhe telefonaram para saber como estava sua saúde, o governo inaugura nesta semana uma nova fase. Um ciclo de “normalidade” administrativa. A percepção de Temer é compartilhada pelos áulicos do Planalto.

Falando do leito do Hospital Sírio Libanês, Temer informou que voltará ao batente na quarta-feira. “Ele está muito animado”, disse ao blog um parlamentar que conversou com o paciente. Tudo faz crer que o congelamento das denúncias da Procuradoria fez com que o presidente voltasse a acalentar o pior tipo de ilusão: a ilusão de que preside.

Na área econômica, a prioridade de Temer é colocar em pé a reforma da Previdência. O mandarim da Câmara, Rodrigo Maia, declarou que, numa escala de zero a 10, a chance de ser aprovada uma versão lipoaspirada da mexida previdenciária oscila entre 2 e 3. O comandante do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que não é a melhor hora para tratar do tema.

Na área político-penal, Temer terá de tourear o inquérito em que figura como suspeito de beneficiar uma empresa no Porto de Santos. E não pode descuidar dos humores de Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala de R$ 500 mil, e de Geddel Vieira Lima, o amigo do cafofo com R$ 51 milhões. Loures arrasta uma tornozeleira eletrônica em casa. Geddel puxa cana na Papuda. Por ora, guardam obsequioso silêncio.

Numa conjuntura assim, tão sujeita a delações e trovoadas, se Temer consegue manter a cabeça no lugar enquanto tanta gente perde a sua, provavelmente já não sabe onde colocou a noção do perigo. Ou está exercitando o seu cinismo.



Negado pedido de Cunha para ser transferido



Do G1

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou, hoje, um pedido do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que ele fosse transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A defesa do ex-deputado queria que ele não retornasse ao Complexo Penal de Pinhais, perto de Curitiba (PR), alegando que Cunha já foi julgado em um processo que tramita na Justiça Federal do estado.

Mas, ao analisar o caso, Fachin negou o pedido sob a argumentação de que não cabe ao STF deliberar sobre o pedido, uma vez que o processo está com o juiz federal Sérgio Moro.

Cunha chegou a Brasília em setembro para prestar depoimento na ação que apura desvios em recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Após o interrogatório de Cunha, previsto para o próximo dia 6 de novembro, o ex-deputado deverá voltar ao Paraná.

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