Regionais : Queimadas criminosas continuam sendo registradas na região de Ouro Preto
Enviado por alexandre em 31/10/2017 02:02:11


O período do inverno amazônico está se iniciando e com isso a temperatura fica mais amena. No entanto engana-se que com este período as tão maléficas queimadas vão acabar pelo menos na região polarizada pelo município de Ouro Preto do Oeste, focos de incêndios vem sendo registrados diariamente nas propriedades rurais.

Um dos locais onde vem sendo registrados estes focos é a RO 470 (conhecida como Linha 200) que liga a BR 364 – Ouro Preto do Oeste ao município de Vale do Paraíso. Esta semana a nossa equipe de reportagem flagrou um incêndio na vegetação de uma propriedade rural localizada no km 20 da rodovia estadual e segundo foi apurado o sinistro foi criminoso ou seja colocaram fogo propositalmente com o intuito de renovar a vegetação existente.

Uma das artimanhas que alguns proprietários de lotes rurais se utilizam é próprio ou seu funcionário colocam fogo na pastagem e depois vem até a cidade e faz o registro policial de que alguém colocou fogo com o claro intuito de fugir da responsabilidade e não ser multado conforme preconiza a legislação ambiental vigente no país. Segundo ficou apurado boa parte dos incêndios, principalmente em beiras de estradas a perícia, quando feita acusa fogo acidental, mas há casos segundo os órgãos ambientais, que donos de sítios e principalmente fazenda que simulam fato involuntário para poderem assim atearem fogo em alguma parte de suas propriedades e darem sequência a seus projetos. A certeza da impunidade diante da ineficiência da falta de fiscalização dos órgãos competentes, faz com que as queimadas continuem ocorrendo mesmo no início do inverno amazônico.

Impactos

A curto e longo prazos, os danos causados pelos incêndios são enormes. Segundo o chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Gabriel Zacarias, a gama de prejuízos é tão grande que qualquer estimativa acaba subestimada.
Uma das consequências diretas geradas pelas queimadas é a morte da vegetação, que implica falta de alimento para animais e, consequentemente, a sua morte. “Então, ocorre uma degradação ambiental significativa”, ressalta Zacarias.
Além disso, a exposição do solo ao fogo faz com que ele aqueça, perca sua microfauna, que não está habituada à exposição a altas temperaturas. Em contrapartida, com as chuvas, a incidência da água no solo acelera os processos de erosão com transporte de matéria orgânica, que vai para os rios e, assim, estes são assoreados. Há também perda de produtividade do solo e de matéria orgânica.
O efeito estufa, além de ser um problema por si só, acarreta a diminuição de chuvas, que implica mais seca, mais propensão a incêndios e perda de produtividade nas áreas agrícolas.
Outra consequência dos incêndios é a liberação de fumaça, que causa problemas respiratórios na população, além de aumentar o número de internações e gerar mais gastos com a saúde pública.

Fonte: www.ouropretoonline.com

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