Mais Notícias : Cunha recebeu R$ 57 milhões de Funaro após Lava-Jato
Enviado por alexandre em 19/09/2017 08:29:54

Cunha recebeu R$ 57 milhões de Funaro após Lava-Jato

Postado por Magno Martins
Valor Econômico

Relatório da Polícia Federal aponta que o corretor de valores e delator Lúcio Funaro, preso em Brasília, pagou ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) R$ 56,9 milhões mesmo depois de a Lava-Jato ter sido deflagrada, em março de 2014.

O valor corresponde ao que foi registrado em planilhas apreendidas na casa da irmã do corretor. "Não podemos afirmar que as mesmas correspondem ao total das entregas de dinheiro efetuadas, mas apenas as localizadas até o presente momento", diz a PF no relatório de 184 páginas datado do último dia 4.

Do valor pago durante a Lava-Jato, R$ 1,3 milhão foram entregues por Funaro quando Cunha era o presidente da Câmara dos Deputados, em 2015.

Líderes tucanos vão atuar para derrubar denúncia



Blog da Andréia Sadi

O presidente Michel Temer recebeu nos últimos dias relatos das principais lideranças do PSDB de que eles trabalharão na Câmara dos Deputados para barrar a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o peemedebista.

Na primeira denúncia, a bancada do PSDB rachou no plenário: foram 22 votos contra a denúncia, e 21 a favor.

Ao Blog, tucanos já preparam o discurso público: argumentam que a segunda denúncia de Rodrigo Janot, apresentada na última quinta-feira (14), "não é suficiente" para provocar uma "ruptura" no cenário político em meio à discussão sobre as reformas econômicas.

Mas os mesmos tucanos admitem que o pano de fundo do apoio a Temer, no entanto, é outro: não interessa ao partido, neste momento, causar "turbulências" a um ano da eleição presidencial.

No PSDB, Temer conta com o apoio, principalmente, do senador Aécio Neves (MG) – denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por propina e obstrução de Justiça – e do prefeito de São Paulo, João Doria, pré-candidato à disputa presidencial de 2018.

Na primeira denúncia, tanto Aécio quanto Doria trabalharam para ajudar Temer junto à bancada. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ficou de fora das articulações e acabou sendo responsabilizado pela ampla votação contra Temer na bancada paulista do PSDB.

Para agradar a ala tucana que o apoia, Temer tem afastado a possibilidade de demitir o ministro Antonio Imbassahy, articulador político do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional.

Imbassahy foi indicado ao ministério em uma operação que contou com a bênção de Aécio Neves, no começo do ano, mas passou a ser alvo de críticas de deputados insatisfeitos com a demora na liberação de cargos e emendas do governo.

Temer, segundo seus auxiliares, não pretende trocar o ministro.

Temer incentiva deputados a usar CPI para retaliar Janot



Blog da Andréia Sadi

Além de discutir estratégias para barrar a segunda denúncia na Câmara, o presidente Michel Temer tem se dedicado a articulações para retaliar Rodrigo Janot na CPI da JBS.

Deputados da base aliada relataram ao blog que Temer tem incentivado, nos bastidores, parlamentares a aprovar requerimentos na CPI para constranger Janot, autor das duas denúncias contra o presidente.

Nas palavras de um parlamentar, Temer quer transformar a denúncia em uma "briga Temer x Janot", e espera, com isso, despertar o espírito de corpo dos parlamentares para retaliarem Janot. "Ele está com ideia fixa contra Janot", disse à reportagem um deputado da base aliada.

Isso porque o Planalto quer emplacar o discurso de que Janot "perseguiu" não só o presidente, mas os parlamentares investigados na Lava Jato ao apresentar denúncias e pedir abertura de inquéritos.

Na última quinta-feira, assim que a nova denúncia de Janot foi apresentada, Temer chamou ao Planalto o relator da CPI da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

Na sexta-feira, Temer se reuniu com o advogado Antonio Claudio Mariz, que faz a defesa do presidente no caso JBS.

A ideia do Planalto é afinar uma estratégia entre Marun e advogados do presidente para instrumentalizar a CPI contra o ex-procurador-geral da República.

A assessoria do Planalto nega e afirma que o presidente não está incentivando ações na CPI com qualquer objetivo.

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