Justiça : ATÉ QUANDO?
Enviado por alexandre em 23/08/2017 19:44:17



“Se não posso ter você, ninguém pode”: o que pensam os homens violentos?

Pelo menos 29% das mulheres brasileiras afirmaram ter sofrido violência doméstica física, verbal ou psicológica em 2016, de acordo com pesquisa realizada este ano pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estudo calcula que 503 mulheres foram vítimas de agressões físicas a cada hora. Para piorar essas estatísticas, em dois dias, três mulheres foram agora assassinadas por seus companheiros em São Paulo.

Há muitos casos de mulheres assassinadas por terem desejado o término da relação. Um refrão comum aos assassinos emitido para suas vítimas ainda vivas é: “Se eu não posso ter você, ninguém pode.”

Para o psicólogo americano David Buss, as mulheres estão sob um risco maior de serem assassinadas quando realmente abandonaram a relação, ou quando declararam que estão partindo de vez. Um estudo de 1333 assassinatos de parceiras no Canadá mostra que mulheres separadas têm de cinco a sete vezes mais possibilidades de serem assassinadas por parceiros do que mulheres que ainda estão vivendo com os maridos. O tempo de separação parece ser crucial.

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As mulheres correm o maior risco nos primeiros dois meses depois da separação, com 47% das mulheres vítimas de homicídio sendo mortas durante esse intervalo, e 91% dentro do primeiro ano depois da separação. Os primeiros meses depois da separação são especialmente perigosos, e precauções devem ser tomadas por pelo menos um ano.

Os homens nem sempre emitem ameaças de matar as mulheres que os rejeitam, claro, mas tais ameaças devem sempre ser levadas a sério. Eles ameaçam as esposas com o objetivo de controlá-las e impedir sua partida. A fim de que tal ameaça seja acreditada, violência real tem que ser levada a cabo. Os homens às vezes usam ameaças e violência para conseguir controle e impedir o abandono.

De qualquer forma, é fundamental que homens e mulheres, se quiserem viver de forma mais satisfatória, reflitam sobre como se vive o amor na nossa cultura, principalmente no que diz respeito à dependência amorosa e possessividade.

Créditos: UOL

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