Mesmo sem saber, Lewandowski tem sido usado por aliados do governador interino para provocar intranquilidade na eleição do Amazonas.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), virou personagem central na disputada eleição para governador do Amazonas, que será realizada no próximo domingo (6). O governador interino Davi Almeida, que tenta permanecer no cargo por meio de eleição indireta, já anunciou entre seus aliados que o próximo dia 3 é a data da liminar a ser concedida por Lewandowski. O ministro nem sequer tem conhecimento do uso que se faz do seu nome na campanha amazonense.
Ex-motorista do senador Eduardo Braga (PMDB), Davi Almeida se elegeu deputado estadual e se transformou. É acusado de trair a todos, do senador Omar Aziz (PSD) ao ex-governador José Melo, que o elegeu presidente da Assembleia Legislativa.
A Justiça Eleitoral já gastou mais de R$8 milhões para a eleição do próximo dia 6, inclusive fazendo chegar as urnas eletrônicas aos municípios mais remotos do Estado, e oito candidatos estão na reta final da campanha.
Segundo as pesquisas mais recentes, três candidatos se destacam, na corrida eleitoral: Amazonino Mendes lidera, seguido de Eduardo Braga, que por sua vez está tecnicamente empatado com a ex-deputada Rebeca Garcia (PP).
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), é uma das lideranças políticas do Estado preocupadas com a intranqüilidade provocada pelas manobras do governador interino. “Não acredito que o ministro Lewandowski se restasse a isso”, disse ele, “seria uma molecagem que não se coaduna com a sua biografia”.
DIÁRIO DO PODER
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