Regionais : Dilma gastou mais que Temer no toma lá, dá cá
Enviado por alexandre em 16/07/2017 20:04:09

Dilma gastou mais que Temer no toma lá, dá cá

Contra o impeachment, Dilma liberou R$3,2 bilhões em emendas

O presidente Michel Temer se utilizou da mesma estratégia da antecessora: Dilma pagou R$ 3,2 bilhões em emendas parlamentares individuais às vésperas da votação do processo de impeachment, em abril e maio de 2016. Uma portaria do período antecipou o pagamento de R$ 1,8 bilhão àqueles que a julgariam uma semana depois. Em maio, com o impeachment no Senado, Dilma liberou mais R$ 1,4 bilhão. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O Orçamento prevê distribuição de R$96,6 bilhões em emendas em 2017; R$87,5 bilhões para bancadas e R$9,1 bilhões em individuais.

O governo Temer liberou, até julho, cerca de R$ 1,8 bilhão de um total de R$ 6,3 bilhões previstos no orçamento para as emendas individuais.

Mais de 61% (R$ 1,1 bilhão) do valor liberado pelo governo Temer em emendas foi para o Fundo Nacional de Saúde, não para parlamentares.

“No desespero, tentam qualificar a aglutinação como compra de votos”, justificou o então líder do governo, Humberto Costa (PT), em 2016.

Planejamento diz que liberação de emendas é constitucional
Temer é acusado de usar R$ 15 bilhões para escapar de denúncia

Após Michel Temer (PMDB) ser acusado de manobrar politicamente utilizando verbas federais, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão divulgou neste domingo (16) uma nota para esclarecer a liberação de emendas parlamentares pelo governo federal, durante a tramitação da denúncia contra o presidente da República, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara.

O objetivo da nota foi rebater reportagem publicada pelo jornal O Globo, que afirma que Temer liberou, em meio à crise econômica, verbas que chegam a R$15,3 bilhões, para garantir o apoio de partidos da base aliada e derrubar o parecer que pedia a admissibilidade da denúncia em votação na CCJ.

Ministério defende legalidade de liberação de verbas (Foto: Marcos Correa)
Segundo o jornal, a ação, que inclui o anúncio de novos programas nos municípios, permitiu a adesão da base aliada para aprovar um relatório alternativo pedindo o arquivamento da denúncia.

Na nota, o Ministério do Planejamento afirma que “a liberação de recursos para municípios trata-se de procedimento absolutamente normal”. A pasta explicou que os recursos são emprestados aos municípios, não doados, e que são liberados de acordo com critérios como “seleção pública e avaliação de risco”. O ministério acrescentou que o lançamento dos programas já vinha sendo discutido e planejado há vários meses.

Segundo o ministério, o uso das emendas parlamentares é “um procedimento obrigatório previsto na Constituição e na legislação orçamentária”. O governo explicou ainda que a “execução dessas emendas é feita pelos ministérios setoriais obedecendo a critérios pré-determinados”. Os recursos podem ser utilizados pelas prefeituras para projetos de saneamento, mobilidade urbana, iluminação, entre outros.

A liberação das emendas parlamentares e a troca de 25 membros da comissão da Câmara antes da votação do parecer foram fortemente criticadas pelas lideranças de partidos da oposição. Os oposicionistas estão fazendo levantamento do total de recursos liberados pelo governo às vésperas da votação e pretendem acionar a Justiça. Na última sexta-feira (14), o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que a ação do governo pode ser interpretada como “corrupção ativa” e a dos parlamentares que trocaram seus votos em troca da liberação de verbas como “corrupção passiva”. (Com informações da Agência Brasil)

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