Regionais : Pesquisador paraibano Chianca pega seis anos e meio de prisão na Rússia por tráfico de droga
Enviado por alexandre em 13/05/2017 22:05:46


Pesquisador brasileiro é condenado a seis anos e meio de prisão na Rússia. Eduardo Chianca é paraibano e vivia no Recife, foi detido em Moscou em agosto de 2016 por carregar em sua bagagem quatro garrafas de ayahuasca, um chá utilizado em terapias e rituais religiosos.

Chianca é conhecido mundialmente por técnica (Foto: Facebook/ Reprodução)

Do G1 PE
Por Thays Estaque



Preso há nove meses na Rússia por tráfico de drogas, o pesquisador paraibano, que vivia no Recife, Eduardo Chianca foi condenado a seis anos e meio de prisão. A informação foi confirmada pelo Itamaraty neste sábado (13). Ele foi detido em Moscou em agosto de 2016 por carregar em sua bagagem quatro garrafas de ayahuasca, um chá utilizado em terapias e rituais religiosos.

O órgão disse ainda que estão sendo estudadas medidas que possibilitem a transferência de Chianca para o sistema penitenciário do Brasil, para que ele cumpra a sentença imposta pelas autoridades russas em solo brasileiro. “A Embaixada em Moscou continuará a prestar ao senhor Chianca Rocha toda a assistência consular cabível ao longo do período em que permanecer detido na Rússia”, disse o Itamaraty em nota.

Sem ver o marido desde que embarcou para a Rússia, a esposa Patrícia Alves diz que a decisão foi um milagre, tendo em vista o rigor da Justiça russa. “Estamos tristes porque queríamos um milagre maior, que seria sua absolvição, mas dentro da realidade essa penalidade foi um milagre. O juiz foi altamente complacente em dar essa penalidade porque esperávamos algo próximo a 17 anos de prisão ou, até, perpétua”, comenta, ao mencionar que a defesa ainda irá apelar.

De acordo com Patrícia, a luta, agora, é para trazer o pesquisador de volta para o seu país. “Expectativa é muito grande para que ele retorne para o Brasil. Essa será a segunda parte do milagre. Tivemos um apoio maravilhoso das autoridades brasileiras e está nas mãos do Brasil trazer Chianca para casa. Esperamos que se faça justiça e que a Rússia libere a sua volta”, completa.

A detenção ocorreu por causa da presença de dimetiltriptamina (DMT), uma substância encontrada na bebida e considerada ilegal pelas leis da nação estrangeira, mas aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela é uma substância com efeitos psicodélicos pertencente ao grupo das triptaminas, semelhante à serotonina. A DMT é o princípio ativo da ayahuasca e utilizada nos rituais do Santo Daime e da Jurema.

O pesquisador partiu para a Europa a convite de cientistas e estudiosos. Após passar pela Rússia, ele ainda faria palestras na Ucrânia, Suíça, Holanda e Espanha, de onde retornaria para o Brasil, no dia 17 de outubro do ano passado. Engenheiro eletrônico, Chianca abandonou uma carreira na área para se dedicar às terapias holísticas.

Em 2006, desenvolveu uma técnica que lhe rendeu reconhecimento internacional. A Frequência de Luz, como foi batizada, trabalha os diagnósticos a partir da leitura dos chacras e seu equilíbrio.

Um museu de grandes novidades

O Globo

Os meios políticos, jurídicos, jornalístico e a sociedade brasileira em geral estão estarrecidos com a divulgação dos vídeos da delação do casal Mônica Moura-João Santana. Ela é ruim para Lula e pior para Dilma. Mas, sem querer legislar em causa própria, há um mês, exatamente no dia 11 de abril passado, este colunista publicava no “Cantinho do Moreno” a seguinte nota:

“As delações do casal Mônica e João Santana estão sendo consideradas a antessala do inferno. Representam um pot-pourri de crimes, que deixam sem saída as pessoas delatadas. Um deles, gravíssimo, revelado pela “Coluna do Moreno”: o casal foi avisado por quem de direito que iria ser preso. Já homologadas por Fachin, quando virem a público, até Galvão Bueno vai gritar o seu bordão de finais de jogos vitoriosos do Brasil: “Acabou! Acabou”.

Dias depois, também demos em primeira mão que Mônica Moura discutia caixa dois com Dilma Rousseff dentro dos palácios.

"Minha garantia era o Lula", diz delatora



"Eu confiava muito nele, que ele ia resolver", completou Mônica Moura

ÉPOCA

Ao relatar que tomou "cano" da Andrade Gutierrez e de Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, na campanha que reelegeu Hugo Chávez em 2012, a empresária Mônica Moura foi questionada como fazia as cobranças de valores acertados por meio de caixa dois sem contrato formal.

A delatora disse que sua garantia era o ex-presidente Lula e que o marido, o marqueteiro João Santana, chegou a pressioná-lo para receber valores nunca pagos. Lula pediu calma. "A minha garantia era Lula. Eu confiava muito em Lula, que ele ia resolver. E no nosso próprio trabalho, que foi crescendo de uma maneira que...".

De forma mais específica, a investigadora pergunta como exatamente Mônica falava com o executivo da Andrade Gutierrez, que arcou com uma parte da campanha de Chávez por caixa dois, na Venezuela. "Já cheguei a ameaçar: gente, se vocês não me pagarem eu vou ter que conversar no Brasil, quem me chamou para cá foi o presidente Lula. Ele não era presidente na época, mas sempre chamei Lula assim. Vou ter que conversar com ele porque não dá".

A procuradora questiona, então, se Lula chegou a ser acionado sobre o assunto. "O João cobrou várias vezes. Chegava para ele e conversava. Já tinha acabado a campanha. Chávez foi eleito. Nós estávamos sendo incensados pela mídia venezuelana como os melhores não-sei-o-quê. E o dinheiro não saía [...] O João, uma vez, conversou com Zé Dirceu, que saía fora, dizia que não tinha nada a ver com financiamento, "só fiz a intermediação". João conversava com Lula: "Não, se acalme, vou conversar com o presidente Chávez, isso vai ser resolvido".

Seis meses depois, Chávez morreu, deixando um "cano de mais ou menos 15 milhões de dólares", afirmou Mônica. Maduro, que mandava buscá-la de carro blindado para entregar "malas de dinheiro", ainda conforme a empresária, tornou-se presidente e nem retornava mais as ligações dela. A Andrade Gutierrez só teria pago US$ 2 milhões de uma dívida apontada como US$ 5 milhões, numa primeira declaração de Mônica, e depois US$ 4 milhões.

"Sucesso por um lado e um fracasso financeiro retumbante", lamenta a empresária, ao falar da campanha que reelegeu Chávez com vantagem ampla.

Ontem, o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, quebrou o sigilo da delação do marqueteiro João Santana, da mulher dele, Mônica Moura, e do assessor do casal, André Santana. Nesta sexta-feira, foram divulgados os vídeos dos depoimentos.

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