Regionais : Por que Lula não xinga e processa Odebrecht?
Enviado por alexandre em 12/04/2017 09:09:17

Por que Lula não xinga e processa Odebrecht?



Blog de Josias de Souza

Lula precisa atualizar sua retórica. Em entrevista a uma rádio do Piauí, ele repetiu que duvida que tenha um empresário capaz de dizer que pediu “cinco, dez centavos”. Lula disse isso um dia depois de Marcelo Odebrecht ter confirmado ao juiz Sérgio Moro que ele é o “Amigo” mencionado nas planilhas de propinas da empreiteira. Segundo Odebrecht, Lula teria recebido não “dez centavos”, mas R$ 13 milhões em dinheiro vivo. Lula finge não perceber, mas sua situação penal está mudando de patamar.

Até aqui, a defesa de Lula parece priorizar mais a desqualificação dos investigadores e do que a qualificação do investigado. Essa tática revelou-se um fiasco. De figura imaculada, que nunca sabia de nada do que se passava sob suas barbas, Lula tornou-se um cliente de caderneta do Judiciário, um colecionador de ações penais. Já frequenta o banco dos réus em cinco processos.

Na entrevista desta terça-feira, Lula voltou a fazer pose de presidenciável. “Se for necessário”, está disposto a fazer ao país o favor de ser candidato à Presidência novamente. O problema é que sua candidatura já não depende só dele. Na hipótese de ser condenado na primeira e na segunda instância do Judiciário, Lula estará mais próximo da cadeia do que das urnas.

Lula chamou de “canalhas” os responsáveis pelos vazamentos “mentirosos” a seu respeito. Deixou no ar uma interrogação: por que não xinga Marcelo Odebrecht? Por que não anuncia a abertura de um processo contra o empresário por calúnia e difamação? Alguém precisa avisar a Lula que atacar a radiografia não cura a doença.

Mesada da Odebrecht a Frei Chico, irmão de Lula



O Estado de S.Paulo

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao juiz federal Sérgio Moro, no Paraná, informações sobre o suposto pagamento de ‘mesada’ por parte da Odebrecht a José Ferreira da Silva, o ‘Frei Chico’, irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a petição enviada por Fachin, os delatores Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira, e Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, que chefiou o chamado departamento de propinas da empreiteira, Frei Chico recebia uma espécie de mesada.

“Narram os executivos que os pagamentos eram efetuados em dinheiro e contavam com a ciência do ex-presidente, noticiando-se, ainda, que esse contexto pode ser enquadrado ‘na mesma relação espúria de troca de favores que se estabeleceu entre agentes públicos e empresários’”, diz a petição.

Lula ajudou nos negócios da Odebrecht em Cuba



Veja

Ex-presidente e governador de Minas Gerais são acusados de agirem politicamente para favorecer empreiteira brasileira

O ex-presidente Lula e o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) foram acusados de atuarem politicamente para auxiliar o financiamento e a execução da obra de construção do Porto de Mariel, em Cuba. O projeto foi financiado com dinheiro público do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As revelações envolvendo os dois petistas foram feitas por Marcelo Odebrecht e complementadas por João Carlos Mariz Nogueira e Emílio Odebrecht.

O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou que o caso envolvendo Pimentel seja remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde são julgados governadores de estado. Em relação aos demais fatos narrados, o magistrado enviou os depoimentos à Procuradoria da República no Distrito Federal.

Em outubro do ano passado, Lula virou réu na 10ª Vara Federal de Brasília, acusado de ter ajudado a Odebrecht a obter linhas de financiamento para obras de infraestrutura em Angola.

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