A mulher da Indonésia suspeita de ter assassinado o meio-irmão do líder norte-coreano afirmou neste sábado (25) que recebeu o equivalente a US$ 90 dólares para participar no que ela acreditava ser um programa de TV de "pegadinhas", informou um diplomata. Kim Jong-Nam foi morto em 13 de fevereiro com um agente neurotóxico muito forte.
Siti Aisyah, detida pouco depois do assassinato, disse que pensava que o líquido em questão era uma espécie de "óleo para bebês", afirmou o embaixador adjunto da Indonésia na Malásia, Andreano Erwin, que se encontrou com a mulher neste sábado.
Nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Kuala Lumpur é possível observar como duas mulheres se aproximaram de Kim Jong-Nam e jogaram algo em seu rosto. O norte-coreano, um homem corpulento de 45 anos, morreu quando era levado para o hospital.
Os investigadores malaios anunciaram na sexta-feira (24) que o veneno utilizado foi o agente VX, uma versão ainda mais letal que o gás sarin. Siti Aisyah, 25 anos, "disse apenas que alguém pediu para que fizesse", de acordo com Erwin.
Outra mulher, Doan Thi Huong, 28 anos, também foi detida após o assassinato, mas segundo o diplomata, a cidadã indonésia disse que não a conhecia. De acordo com a polícia da Malásia, uma das duas mulheres ficou doente durante a detenção e chegou a vomitar.
As autoridades malaias informaram neste sábado que o aeroporto passará por uma limpeza profunda para eliminar qualquer rastro do agente VX.
G1
|