Mais Notícias : Cem anos de perdão: roubo de propinas de políticos
Enviado por alexandre em 03/01/2017 10:18:52


Cem anos de perdão: roubo de propinas de políticos
Postado por Magno Martins

As grandes empreiteiras investigadas na Lava Jato descobriram esquemas de corrupção dentro de suas próprias estruturas de corrupção. Ou seja: uma espécie de desvio do desvio. Grandes empreiteiras, entre elas a Odebrecht, começaram a identificar casos em que funcionários responsáveis por operar o pagamento de propina acabavam embolsando parte do dinheiro, desviado para contas no exterior ou benefícios pessoais. A situação veio à tona em investigações internas e nas dezenas de processos de delação premiada fechadas com executivos.

As informações são do jornal Valor:

"O Valor apurou que um dos executivos suspeitos de abocanhar dinheiro de propina teve dinheiro encontrado em uma conta em Genebra, na Suíça. A informação da conta só veio à público com o vazamento conhecido como SwissLeaks, feito por um ex-técnico do HSBC. Outra suspeita recai sobre um dos mais altos executivos de uma grande construtora que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público.

No caso da Odebrecht, nem mesmo a "estrutura profissional" de pagamento sistematizado de propina, nas palavras do Ministério Público, com seus mecanismos de contabilidade clandestina, conseguiu evitar a proliferação de deslizes contra a empresa pelos seus executivos. A cultura de praticar irregularidades no relacionamento com o poder público demonstrou um sintoma perverso: disseminar-se também internamente, como numa terra sem lei. Enquanto algumas delações já vieram à tona, os dados sobre as infrações cometidas dentro de casa são mantidos cuidadosamente sob sigilo.

As evidências de desvio da propina para vantagem pessoal de executivos vêm gerando discussões entre advogados. Alguns defendem que as empresas poderiam entrar na Justiça com ação de ressarcimento para cobrar a quantia extraviada pelos funcionários."


Mídia internacional ataca massacre de Manaus
Postado por Magno Martins
França Internacional

A selvageria da rebelião que deixou 56 detidos mortos - decapitados e mutilados - no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, foi notícia no mundo inteiro. A razão do motim, que começou na noite do domingo (1°), foi a disputa entre duas facções rivais (Família do Norte e Primeiro Comando da Capital) pelo comando do tráfico de drogas na região. As críticas ao sistema penitenciário brasileiro são uma constante nos textos dos jornais estrangeiros. As informações são da Rádio França Internacional.

A reportagem do jornal italiano La Reppublica, assinada pelo correspondente Daniele Mastrogiacomo, começa descrevendo como se iniciou a rebelião "no coração da floresta amazônica": "Alguns presos dominaram os guardas nos corredores e os amarraram. Outros reviraram as celas e o refeitório, pegando todas as armas que podiam encontrar: pistolas, fuzis, facas, pás e barras de ferro". E completa: "Foram 17 horas de horror e violência".

Segundo a publicação, o presídio, o maior de Manaus, é considerado um dos mais duros do Brasil. "As condições de vida dos presos são desumanas", escreve.

O jornal francês Le Monde diz que, durante as negociações, os prisioneiros não exigiram praticamente nada, "apenas que não houvesse excesso por parte da polícia quando entrasse no local". "Achamos que eles já tinham conseguido o que eles queriam, matar os membros da organização rival", disse Sergio Fontes, secretário de Segurança Pública do Amazonas.

Segundo o diário, "as rebeliões são frequentes nas prisões do Brasil, cuja superlotação é regularmente denunciada por organizações de defesa dos direitos humanos".

O jornal espanhol El País lembra que a Região Norte é fundamental para o tráfico internacional de drogas, pois as principais rotas de venda passam por lá. "O Amazonas faz fronteira com grandes países produtores de cocaína, como Peru, Colômbia e Venezuela. Por isso, o controle das prisões locais estabelece o poder sobre essa atividade", escreve.

Já o texto do diário inglês The Guardian destaca que um vídeo publicado no site do jornal brasileiro Em Tempo mostra dezenas de cadáveres sangrentos e mutilados, amontoados no chão da prisão. O artigo classifica as condições nos presídios brasileiros de "terríveis".

"Nunca vi nada parecido"

O New York Times traz a declaração do juiz Luís Carlos Valois, que participou diretamente da negociação com os rebelados. "Nunca vi nada parecido na minha vida. Havia muitos corpos, a maioria desmembrados", disse. O jornal lembra que o presídio acomodava 1.200 presos, o triplo da sua capacidade.

A reportagem diz que o massacre tem sido comparado ao do Carandiru, em São Paulo, no qual policiais mataram 111 presos. "Uma Corte de apelação anulou recentemente a condenação de 73 policiais pela participação no massacre, o que provocou a crítica de grupos pelos direitos humanos", diz o jornal.

O New York Times lembra ainda que, desde esse episódio, as autoridades brasileiras prometeram acabar com a superlotação e combater as gangues nos presídios. "Mas o aumento das prisões por pequenos delitos relacionados com o tráfico inchou o sistema penitenciário, e rebeliões continuam acontecendo em todo o país."
Ipubi: vereador sofre infarto e morre durante posse
Blog do Edenevaldo Alves

Um vereador de 42 anos morreu, durante solenidade de posse, na tarde de ontem, no município de Ipubi, Sertão de Pernambuco. Sendo o 4º vereador mais votado da cidade, Paulo José Sarmento (PSB) sofreu um infarto do miocárdio na hora da cerimônia de nomeação como vereador reeleito do município.

Durante a cerimônia, o vereador começou a se sentir mal e foi socorrido para o hospital do município. Em seguida, ele chegou a ser encaminhado para um hospital de Ouricuri, na mesma região, mas não resistiu. A vaga de vereador aberta deve ser suprida por um suplente.

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