Mais Notícias : Eleições municipais podem ser anuladas em 147 cidades
Enviado por alexandre em 31/10/2016 09:49:48

Eleições municipais podem ser anuladas em 147 cidades
Postado por Magno Martins

O Globo - Carolina Brígido
Dos candidatos a prefeito mais votados no primeiro turno, 147 não obtiveram registro até agora. Eles entraram com recursos judiciais e devem ter a situação definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o fim de dezembro. Em caso de indeferimento definitivo do registro, será necessário realizar nova eleição no município, de acordo com a minirreforma eleitoral aprovada recentemente pelo Congresso Nacional. A situação ocorre em 22 estados. No Rio de Janeiro, são nove municípios: Casimiro de Abreu, Teresópolis, Niterói, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, Itaguaí, Conceição de Macabu e Rio Bonito.

— Agora a lei não permite mais que o segundo lugar assuma, em se tratando de anulação da eleição, haverá a realização de eleição suplementar, e isso certamente no futuro vai estimular a judicialização gratuita, que é muito comum até aqui. Esse é um esforço que temos que fazer até dezembro, para definirmos todas as situações — afirmou Gilmar.

Para o ministro, o alto número de prefeitos eleitos com a situação judicial indefinida ocorreu porque, com a mudança na lei, as candidaturas foram registradas mais tarde do que nos anos anteriores, dando menos tempo para a Justiça Eleitoral analisar todos os recursos antes das eleições. Segundo Gilmar, essa situação precisa ser avaliada pelo Congresso.

Derrota em casa fragiliza Aécio e fortalece Alckmin
Postado por Magno Martins

Folha de S.Paulo – Daniela Lima

Aécio Neves (PSDB-MG) fará o único discurso possível diante da terceira derrota consecutiva dentro de sua própria casa, Minas Gerais. Dirá que, como presidente nacional do PSDB, conduziu o partido a uma vitória sem precedentes nas eleições municipais em todas as unidades da federação.

É verdade, mas não muda o fato central para o xadrez partidário do qual ele é protagonista ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). No duelo surdo que os tucanos travam pelo poder na legenda, em 2016, o vitorioso é o paulista.

Alckmin lançou um candidato neófito e conquistou a maior prefeitura do país, São Paulo, no primeiro turno, com João Doria. Aécio escolheu apadrinhar um veterano, o deputado João Leite, numa eleição em que a rejeição a política marcou de forma inegável todo o pleito, seja na vitória dos "outsiders", seja no número elevadíssimo de abstenções, votos brancos e nulos.

Aliados do mineiro já ensaiavam na véspera um discurso de honra para a vitória de Alexandre Kalil (PHS) sobre Leite. "Se Kalil vencer, não será uma derrota do Aécio, mas de toda a classe política", disse um deputado federal muito próximo ao tucano. "Kalil não se colocou apenas contra o PSDB, mas contra todos", concluiu.

O fato é que no momento em que a população sinaliza que prefere ficar ao lado de quem diz não ser político, Alckmin puxou a peça certa para o centro do tabuleiro. Aécio pode começar a analisar sua derrota por aí: no mínimo, escolheu o candidato que vestia o figurino do político tradicional na pior hora possível.

O mineiro, que em 2014 perdeu a eleição presidencial e o governo de Minas, vê agora seu patrimônio político minguar em Belo Horizonte, onde havia vencido há dois anos, conquistando quase duas vezes mais eleitores do que sua então rival, a ex-presidente Dilma Rousseff.

PSDB vence em 14 cidades e PT, nenhuma
Postado por Magno Martins

2º turno das eleições municipais

Portal G1 – Rosane D’Agostino e Thiago Reis

O PSDB foi o partido que mais elegeu prefeitos no segundo turno das eleições municipais deste ano, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram 14 prefeituras conquistadas, de um total de 19 em que o partido disputava o cargo. Já o PT, que disputava sete prefeituras, não elegeu nenhum candidato.

Em seguida, aparece o PMDB, que, elegeu nove prefeitos de um total de 15 disputas. Já o
PPS, que aparece em terceiro lugar com 5 prefeitos eleitos, havia disputado sete prefeituras.

O PSDB foi o grande vitorioso do domingo. O partido só perdeu em Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Caucaia (CE) e Franca (SP). O principal revés foi na capital mineira, em que João Leite, que terminou à frente no 1º turno, levou a virada no segundo e perdeu a disputa para Kalil (PHS).

Os tucanos venceram em Belém (PA), Blumenau (SC), Caruaru (PE), Contagem (MG), Jundiaí (SP), Maceió, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Ribeirão Preto (SP), Santa Maria (RS), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Vila Velha (ES).

Crivella e guinada conservadora são destaques
Postado por às 23:35

Imprensa Internacional

Imprensa estrangeira destaca vitória de Marcelo Crivella no Rio e guinada conservadora no país

Agência Estado

A imprensa internacional destacou o segundo turno das eleições municipais no Brasil, focando principalmente o resultado do Rio de Janeiro, onde Marcelo Crivella (PRB) venceu Marcelo Freixo (PSOL). Os sites de alguns dos principais jornais do mundo destacaram a vitória de um líder evangélico na cidade que sediou a Olimpíada de 2016 e a guinada à direita nos principais municípios da maior nação da América Latina.

Nos Estados Unidos, reportagem do Wall Street Journal

apontou que candidatos "marginais e conservadores" foram eleitos em várias cidades brasileiras depois de candidatos de maior tradição política terem sido rejeitados. Segundo o WSJ, Crivella pintou seu rival Freixo "como um radical em uma nação cansada da esquerda após o impeachment da presidente Dilma Rousseff em agosto". "É possível atribuir Crivella a essa onda conservadora no Brasil", disse Marcos Pinto, analista do grupo de pesquisa política do Departamento Consultivo Interparlamentar ao WSJ. "Ele surge em um clima de desespero."

A agência de notícias Associated Press

A agência de notícias Associated Press assinalou que o triunfo do conservador Crivella é "a mais recente demonstração de raiva generalizada contra partidos de esquerda estabelecidos em meio a uma recessão profunda e na sequência do processo de impeachment". A AP também chamou a atenção para a ascensão de políticos evangélicos. "As observações de Crivella contra gays, católicos romanos e religiões africanas indignaram muitas pessoas, mas fizeram pouco para mudar a votação."

El País

Também destacou o embate do Rio de Janeiro, afirmando que o pleito colocou em disputa dois modelos. "Um é o de Crivella, senador desde 2002, engenheiro e cantor gospel, defensor da Teoria Criacionista, evangelizador na África e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, a terceira com mais fiéis no Brasil, fundada por seu tio. Freixo, pelo contrário, defende a legalização do aborto e das drogas e encarna a esquerda em plena crise do PT e da ex-presidente Dilma Rousseff", disse a publicação.

O jornal destacou ainda que o novo prefeito enfrenta o enorme desafio de um Rio pós-olímpico, citando o aumento do desemprego, as consequências da crise financeira no Estado e a necessidade de o Rio ganhar projeção como destino turístico empresarial. "Os milhões de cariocas também precisam de coisas básicas como saneamento urbano, ruas que não se transformem em rio na época das chuvas, habitações sociais ou ônibus com ar condicionado em verões que superam os 45 graus."

Le Monde

Também apontou a ascensão de partidos de direita no Brasil e destacou que todas as atenções estavam voltadas para o Rio de Janeiro neste domingo, com a "Cidade Maravilhosa" pós-Olímpica sendo o palco de uma luta de poder entre dois candidatos "diametralmente opostos". "O sucesso do candidato conservador simboliza a expansão da religião evangélica no país com o maior número de católicos do mundo", apontou o jornal.

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