Ministro imprudente Postado por Magno Martins
O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, não tem mais condições de permanecer no cargo.
É a opinião do jornal O Estado de S. Paulo, que questiona em editorial se um dia o titular da pasta teve condição de fazer o trabalho.
“Seu despreparo para tão importante função já estava claro havia algum tempo, mas o episódio em que ele antecipou a realização de operações da Polícia Federal (PF) no âmbito da Lava Jato, justamente na véspera da prisão do ex-ministro petista Antonio Palocci, teria de servir como gota d’água para sua dispensa, em razão de tão gritante imprudência”, disse o jornal.
Falta o torpedo final Postado por Magno Martins
Carlos Chagas
Cada vez que a Operação Lava Jato manda prender um dos marechais do PT, quantos companheiros desistem e se desligam da legenda, formal ou informalmente? Milhares ou milhões?
A degola de Antônio Palocci constitui-se numa explosão de profundas consequências para o partido, menos porque o ex-ministro será condenado à prisão por longo período, mais porque, depois dele, só resta mesmo disparar o torpedo final sobre o Lula. Nessa hora, estará acabado o PT.
Esse golpe de graça ou petardo definitivo, porém, exige tornar o ex-presidente inelegível por via judicial.
Por enquanto, a sobrevivência do PT liga-se à sorte do Lula. Procuradores, Polícia Federal, Ministério Público e Receita atuam para levar o combate às últimas consequências, ou seja, ao afastamento do Lula da vida política. É o embate derradeiro, ainda de resultado inconcluso.
Afinal, as acusações contra o primeiro-companheiro, por enquanto costeando o alambrado, restringem-se a um apartamento triplex cuja propriedade ele nega, e ao armazenamento de presentes recebidos durante seus dois mandatos na presidência da República. Crimes, é claro, mas nada parecido com os praticados por Antônio Palocci, orçados em mais de uma centena de milhões carreados para seu bolso. Daí para trás, até chegar a José Dirceu, há munição capaz de implodir o Partido dos Trabalhadores, desde que disparado o último torpedo para atingir o Lula.
Os petistas aferram-se à possibilidade de blindar seu chefe maior para levá-lo até a próxima sucessão presidencial. Difícil é, mas impossível, não será.
Perseguição, não
Carlos Brickmann
Uma pesada campanha, nas redes sociais e em correspondência enviada diretamente à emissora, exige que a Record demita o jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentador do Domingo Espetacular, vice-líder de audiência aos domingos. Motivo: em seu blog na Internet, Conversa Afiada, Paulo Henrique defendeu a presidente Dilma Rousseff (e, antes dela, o presidente Lula) com todas as sua forças; e abriu fogo contra quem quer que fosse da oposição aos Governos petistas.
Enfoque unilateral? Sim, e muitas vezes injusto, Mas persegui-lo por isso é antidemocrático e não pode ser aceito. Quem não quiser ler as opiniões de Paulo Henrique Amorim pode perfeitamente evitar seu blog. Quem quiser levar o protesto mais longe não é obrigado a assistir ao Domingo Espetacular, nem a ouvir Chico Buarque, nem a ler Marilena Chauí ou Maria da Conceição Tavares, mas é obrigado a aceitar que outras pessoas tenham outras opiniões.
Fumaça
Criado com festa pelo Governo federal há quatro meses, o comitê de coordenação e controle das fronteiras ainda não mostrou trabalho.
Há uma expectativa para que algo concreto saia dia 3 de outubro.
É quando o presidente paraguaio, Horácio Cartes, vai receber o presidente Michel Temer e comitiva ministerial. Caso nada seja anunciado, será apenas jantar festivo.
Vale lembrar que Cartes é dono da Tabesa, a maior fabricante de cigarros em seu país. Muitos dos produtos são contrabandeados para o Brasil sem pagar impostos. (Leandro Mazzini - Coluna Esplanada)
Medo eleitoral: o fantasma da Previdência
Leandro Mazzini
o governo Temer, venceu o argumento dos que defendiam adiar o envio da reforma da Previdência ao Congresso. Motivo: é um tema que tem desgastado candidatos a prefeito que são ligados ao governo.
O maior exemplo é a queda nas pesquisas da senadora Marta Suplicy, que é candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo.
O governo vai usar a desculpa de que precisa discutir o tema com a sua base parlamentar e as centrais sindicais. Mas pesou mesmo o medo do desgaste eleitoral, e a proposta só deverá ser remetida ao Congresso no após o segundo turno das eleições municipais.
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