Porto Velho, RO – O governador Confúcio Moura, do PMDB, voltou a usar seu blog particular para discorrer acerca de assuntos administrativos. Desta vez, hasteou a bandeira branca pedindo trégua aos sindicatos e vetando quaisquer possibilidades de aumento salarial para os servidores públicos. A justificativa? Crise econômica. Na visão do peemedebista, o Estado de Rondônia, apesar de passar praticamente incólume ao momento levando em conta outras unidades da federação, está com ‘a faca no pescoço’.
“Os sindicatos tem um rito. O rito natural para as conquistas salariais e de melhores condições de trabalho para as categorias que representam. Até aí tudo bem. E tudo entendido. Mas, tudo isto, bem justificado, nas condições naturais de temperatura e pressão. Neste momento, o país vive fora da órbita econômica, onde tudo é extremamente frágil”, abriu seu discurso.
Em outro trecho, destacou:
“No entanto, a faca no pescoço, num momento, como este, dói e fere. Fere a todos nós igualmente. De repente, a faca no pescoço, você pensa que ganha, mas, termina perdendo. Mais ou menos como o dono da casa que tem medo de bandido. E coloca uma dinamite na fechadura da porta. O ladrão mexe na maçaneta, a dinamite explode, mata o ladrão, destrói a casa e mata a família”, disse.
Para Confúcio, sua analogia sobre o ladrão e o dilema da dinamite na fechadura serve para o Estado. O gestor questiona como seria possível conceder aumento salarial a todos num momento tão vulnerável economicamente falando, ainda que seja justo.
“Cabe ao Governo, ir mexendo os palitos na mesa, dando agrados a uns e a outros, bem longe dos seus planos e desejos. Melhor assim, do que deixar o Estado completamente insolúvel, falido e salários que é bom, nada, quando muito, parcelado e suaves prestações. Basta ler e ver o que nos alerta o maior estudioso em finanças públicas, o competente Raul Veloso. Ele tem na mão a vida de cada Estado e tem alertado o país inteiro”, asseverou.
E concluiu:
“Tiremos nota 10 em transparência. Nada é escondido. Todo mundo sabe de tudo que acontece com nossas contas. Basta olhar. Quando tiver margem para se negociar, voltemos a conversar e aí sim, vamos distribuindo a todos o que lhes é de direito. Agora, arrochar um cidadão, investido do cargo de governador, até a exaustão dos seus limites, constrangê-lo com vaias e outras práticas, não deixa de ser uma tortura, se nada que há no Estado lhe pertence”, finalizou.
RONDONIADINAMICA
|