Mais Notícias : Pos-impeachment, Temer e Dilma devem conversar
Enviado por alexandre em 26/07/2016 08:40:51

Pos-impeachment, Temer e Dilma devem conversar

Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

Para petista, peemedebista acerta no atacado na política e na economia

Quem conversa reservadamente com Lula e Temer vê disposição nos dois políticos para que tenham um encontro, caso seja aprovado em definitivo o impeachment de Dilma, como é a tendência.

O ex-presidente Lula está cumprindo um papel político de defesa de Dilma, mas não acredita que a sucessora tenha chance real de evitar a perda do mandato.

Na visão de Lula, Dilma errou na política e na economia. Para o petista, o presidente interino, Michel Temer, está acertando no atacado nas duas áreas, porque colocou Henrique Meirelles na Fazenda, o que foi sugerido por Lula a Dilma inúmeras vezes, e porque fechou um acordo efetivo com a maioria do Congresso.

Já Temer tem esperança de que, aprovado o impeachment, Lula se concentre na preservação de seu cacife político e na luta para evitar uma condenação jurídica na Lava Jato. O presidente interino faria um gesto para sinalizar disposição de diálogo e amenizar o bombardeio do petista contra ele.

Portanto, há interesse e espaço da parte de Lula e Temer para, pelo menos, diminuírem a intensidade da guerra política.

Apagou a luz e foi dormir

Postado por Magno Martins

Carlos Chagas

Só faltava ele. Agora não falta mais. A referência é para Henrique Meirelles, que acaba de ameaçar o país com novo aumento de impostos. Disse que se o Congresso não aprovar a proposta de criação de um teto para os gastos públicos, logo teremos aumento de impostos e de juros por longo período. O resultado será a interrupção do crescimento.

Com todo o governo empenhado na gastança pré-impeachment, o ministro da Fazenda era voz isolada a seguir a ortodoxia de não gastar mais do que arrecadar. Acaba de aderir à prática de lavar as mãos e ameaçar com o aumento de impostos e juros caso os gastos públicos não se interrompam antes de chegar ao limite do desequilíbrio.

O problema é que essa distorção vem sendo comandada pelo presidente da República. Para garantir a aprovação definitiva do afastamento de Dilma, Michel Temer vem liberando todo o tipo de aumentos salariais e de despesas abusivas. Parece até que já bateram de frente, o ministro e o presidente.

Assim, Meirelles optou pela saída mais fácil: saltar de banda e empurrar as consequências da interrupção do crescimento para o próprio governo. Esqueceu as promessas de que impediria a elevação de impostos. Fechou o círculo, apagou a luz foi dormir.

É fácil imaginar sobre quem recairão os ônus da interrupção do crescimento e do equilíbrio nas contas públicas: os mesmos de sempre. Os assalariados e os menos favorecidos, vítimas dos mecanismos capazes de transferir para outros as despesas decorrentes da improbidade de seus planos e programas.

O ministro condenou-se ao acrescentar ter feito a opção errada, não tendo controlado a evolução da dívida pública. A etapa seguinte será culpar Michel Temer.

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