Mais Notícias : Dilma: querem nos transformar num bando de carneiros
Enviado por alexandre em 26/07/2016 08:36:25

Dilma: querem nos transformar num bando de carneiros

Postado por Magno Martins

Em evento para defender seu mandato em Aracaju (SE), a presidente afastada reiterou suas críticas à gestão do presidente em exercício e afirmou que querem retirar direito

O Estado de S.Paulo - Carla Araújo

Em evento para defender seu mandato em Aracaju (SE), a presidente afastada Dilma Rousseff reiterou suas críticas ao governo do presidente em exercício Michel Temer, afirmou que querem retirar direitos dos brasileiros e se mostrou contrária ao projeto Escola sem partido, que supostamente defende a “neutralidade política, ideológica e religiosa” nas escolas, em tramitação no Senado. “Eles têm uma pauta ultraconservadora”, disse.

“A educação sem partido é na verdade o coroamento dessa visão”, afirmou, ressaltando que o projeto impedirá que as escolas formem cidadãos pensantes. “Querem nos transformar num bando de carneiros. Isso é a educação sem partido.”

Dilma disse ainda que o processo de impeachment “sem crime” é machista e que se inspira nas mulheres anônimas brasileiras “que lutam todos os dias”. “Eu não vou deixar de lutar”, afirmou. A presidente afastada disse que com mobilização é possível persuadir os senadores para votar contra o seu afastamento definitivo.

Continue lendo: Dilma critica 'Escola sem partido' e diz que governo Temer quer transformar brasileiro em 'carneiro'

A vaca voou

Postado por Magno Martins

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

Há quatro meses, perguntaram ao vereador Andrea Matarazzo se ele deixaria de ser candidato a prefeito de São Paulo para apoiar a senadora Marta Suplicy. "É mas fácil uma vaca voar!", respondeu o dono das gravatas mais elegantes da Câmara Municipal. A mimosa decolou nesta segunda (25).O ex-tucano será o vice da ex-petista, agora filiada ao PMDB.

A aliança escreve um novo capítulo na história de reviravoltas da política paulistana. Um deputado sugeriu que a chapa seja chamada de "Ma-mata". Outros apelidos virão.

Embora tenham nascido no mesmo berço aristocrático, Marta e Matarazzo sempre militaram em campos opostos. Ela entre os petistas, sob a liderança de Lula; ele com os tucanos, ao lado de José Serra e FHC.

O chanceler do governo interino tem tudo a ver com o acordo. Serra convenceu Matarazzo a se filiar ao PSD, de seu escudeiro Gilberto Kassab. As pesquisas fizeram o resto, ao mostrar que o vereador não teria chances como cabeça de chapa.

O pano de fundo da aliança é a corrida presidencial de 2018. Ao inflar sua velha rival, Serra atrapalha Geraldo Alckmin, que lançou o estreante João Doria. O ministro e o governador medem forças no PSDB enquanto o senador Aécio Neves tenta acertar as contas com a Lava Jato.

A chapa Marta-Matarazzo parece ter potencial. A ex-prefeita ganha tempo de TV e passa a contar com um puxador de votos na parte rica da cidade. Ela precisa reduzir a rejeição nos bairros centrais, que buscam alguém que seja capaz de derrotar o PT e não se chame Celso Russomanno.

O problema é que Marta sempre foi alvo do antipetismo, que a venceu em 2004 e 2008. Ela ainda terá que explicar as novas companhias ao eleitor da periferia, que sustenta sua popularidade nas pesquisas.

A missão da senadora será difícil, mas não chega a ser impossível. Há quatro anos, Fernando Haddad virou prefeito depois de unir Lula e Paulo Maluf na mesma foto.

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