Regionais : Datafolha: 50% querem Temer no cargo; 32% Dilma
Enviado por alexandre em 17/07/2016 11:03:00

Datafolha: 50% querem Temer no cargo; 32% Dilma



Pesquisa foi realizada entre 14 e 15 de julho e ouviu 2.792 pessoas.

Para 42%, governo Temer é regular, 31% ruim/péssimo e 14% ótimo ou bom.

Do G1, em Brasília

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (16) aponta que 50% dos entrevistados prefere a permanência do presidente em exercício, Michel Temer, até 2018. Para 32%, o melhor seria o retorno da presidente afastatada, Dilma Rousseff, ao cargo.De acordo com o Datafolha, outros 4% disseram que nenhum dos dois deve continuar na Presidência e 3% afirmaram preferir a realização de novas eleições para a escolha de um novo presidente. Já 2% deram "outras respostas" e 9% disseram que não sabem.

O Datafolha perguntou aos entrevistados o que é melhor para o país. Veja os resultados da pesquisa:

- Temer continuar: 50%
- Dilma voltar: 32%
- Nenhum dos dois: 4%
- Novas eleições: 3%
- Outras respostas: 2%
- Não sabem: 9%

A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de julho e entrevistou 2.792 pessoas em 171 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

Impeachment
O Datafolha perguntou ainda aos entrevistados se eles defendem ou são contra a saída definitiva de Dilma da Presidência. Veja os resultados da pesquisa:

- Defendem o afastamento definitivo: 58%
- São contra o afastamento definitivo: 35%
- São indiferentes: 3%
- Não opinaram: 3%

Em pesquisa realizada pelo instituto em abril, antes da votação do afastamento de Dilma pela Câmara, 61% defendiam o impeachment e 33% eram contrários.

Avaliação do governo Temer
O Datafolha também fez a primeira pesquisa para avaliar a opinião dos brasileiros sobre o governo Temer. Dois meses após o peemedebista assumir o cargo, 42% dos entrevistados disseram que seu governo é regular. Para 31%, é ruim ou péssimo. Já 14% avaliaram como ótimo e bom. Outros 13% não souberam responder.

Avaliação do governo Temer. Veja os resultados:

- Regular: 42%
- Ruim/Péssimo: 31%
- Ótimo/Bom: 14%
- Não sabem: 13%

A aprovação de Temer, aponta o Datafolha, é semelhante à de Dilma no início de abril, pouco antes de seu afastamento, quando 13% opinaram que o governo da petista era ótimo ou bom. Já aqueles que, na mesma pesquisa de abril, avaliavam o governo Dilma como ruim ou péssimo eram 65%.

Quem é o presidente?
O Datafolha também perguntou aos entrevistados se eles sabiam o nome do atual presidente. Veja os resultados:

- Michel Temer: 65%
- Não sabem: 33%
- Outros nomes: 2%

Ele e ela



Ricardo Boechat - ISTOÉ

Depois de renunciar à presidência da Câmara dos Deputados, numa tentativa de salvar o seu mandato, Eduardo Cunha virou uma espécie de ventriloco de Dilma Rousseff. Por onde passa repete que é “vítima de uma injustiça num julgamento político”.

Conversa

Ele segue réu e é investigado no STF sob suspeita de recebimento de propina no petrolão.

Já o STF, em agosto sentirá o efeito da reunião entre os presidentes da OAB (Claudio Lamachia), do IAB (Técio Lins e Silva) e da Associação dos Advogados de SP (Leonardo Sica). Pela garantia do direito de defesa e das prerrogativas da advocacia, o trio quer que o supremo, rapidamente, declare constitucional o artigo 283 do Código de Processo Penal.

Se a luta for vitoriosa, volta o princípio de que o condenado só pode ser preso quando não há mais possibilidade de recurso no processo.

Impeachment: 200 canais de TV e 2 mil estrangeiros.



Leandro Mazzini – Coluna Esplanada

Dilma Rousseff vai sofrer impeachment diante de 200 canais de televisão de mais de 120 países, e com 2 mil correspondentes estrangeiros residentes no Rio.

Não há “golpe'' maior para o PT. Por isso o presidente do Congresso, Renan Calheiros – mais aliado dela e de Lula do que do presidente Michel Temer – pretende esticar para dia 25 a votação em plenário, quatro dias após o encerramento do evento.

Mas a tramitação e a força da base de Temer podem antecipar o processo para o período do evento esportivo.

Temer estuda convocar reunião ministerial para a próxima semana.

Quer que os subordinados mostrem trabalho no recesso do Congresso com a imagem de “governo atuante'', e reforçar o cenário para enterrar a gestão de Dilma.


Os alvos em questão



Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo

O lado de farsa do impeachment leva uma trombada forte. Na mesma ocasião, a Lava Jato arrisca-se a comprovar o lado de farsa implícito na acusação, feita por muitos, de que o seu alvo verdadeiro não é a corrupção, mas Lula e o PT.

A conclusão do Ministério Público Federal sobre as tais "pedaladas", fundamentais no pedido e no processo de impeachment de Dilma Rousseff, recusa a acusação de constituírem crime de responsabilidade. Dá razão à tese de defesa reiterada por José Eduardo Cardozo, negando a ocorrência de ilegal operação de crédito, invocada pela acusação. E confirma a perícia das "pedaladas", encomendada pela Comissão de Impeachment mas, com o seu resultado, mal recebida na maioria da própria comissão. À falta de base da acusação, o MPF pede o arquivamento do inquérito.

A aguardada acusação final do senador Antonio Anastasia tem, agora, a adversidade de dois pareceres dotados de autoridade e sem conexão política. A rigor, isso não deve importar para a acusação e o acusador: integrante do PSDB, cria e liderado de Aécio Neves, Antonio Anastasia assinará um relatório que será apenas como um esparadrapo nas aparências. Sem essa formalidade farsante, não precisaria de mais do que uma frase recomendando a cassação, que todos sabem ser seu propósito acima de provas e argumentos.

Mas os dois pareceres que se confirmam devem ter algum efeito sobre os senadores menos facciosos e mais conscienciosos, com tantos ainda definindo-se como indecisos. A propósito, as incessantes contas das duas correntes –o mais inútil exercício desses tempos olímpicos– têm resultados para todas as iras, a depender do adivinho de votações consultado.

Na Lava Jato, procuradores continuam falando de ameaças ao prosseguimento das suas atividades. A mais recente veio de Washington. Não de americanos, muito felizes com o pior que aconteça à Petrobras. É uma informação renovada por Sergio Moro para um auditório lá: a menos que haja imprevisto, dará o seu trabalho por concluído na Lava Jato antes do fim do ano.

Na estimativa de Moro está implícito que a corrupção na Petrobras anterior ao governo Lula, ao menos na década de 1990, não será investigada. Daqui ao final do ano, o tempo é insuficiente para concluir o que está em andamento e buscar o ocorrido naquela época. Apesar das referências em delações, como as de Pedro Barusco, a práticas de corrupção nos anos 90, pelo visto vai prevalecer a resposta gravada na Lava Jato, quando um depoente citou fato daquele tempo: "Isso não interessa" (ou com pequena diferença verbal).

As gravações traiçoeiras de Sérgio Machado, embaraçando lideranças do PMDB, ficariam como um acidente no percurso da Lava Jato. Moro, aliás, disse parecer "que o pagamento de subornos em contratos da Petrobras não foi uma exceção, mas sim a regra", no "ambiente de corrupção sistêmica" do "setor público". Diante disso, restringir o interesse pela corrupção a um período bem delimitado no tempo e na ação sociopolítica, sem dúvida valerá por uma definição de propósitos.

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