De nada adiantou que os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, tenham se desdobrado para cortar os R$ 50 bilhões dos gastos públicos. Os políticos já se mobilizam no sentido de retomar pelo menos parte das despesas. É que técnicos e parlamentares acostumados a mexer com Orçamento trataram a tesourada apenas como o fechamento de uma comporta que pode ser aberta adiante. “Mexo há 16 anos com Orçamento. Todo início de governo é a mesma coisa: vem o anúncio dos cortes e, depois, lá para outubro, equilibra e libera”, diz o deputado João Leão (PP-BA). “É preciso cortar para chamar e conversar. Aí, depois, libera”, completa o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).
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