Regionais : Faculdade de Medicina cria armadilha contra Aedes
Enviado por alexandre em 25/05/2016 01:25:22

Faculdade de Medicina cria armadilha contra Aedes



Uma das novidades da Faculdade de Medicina de Olinda é um projeto de iniciação científica desenvolvido com o apoio da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Olinda que tem como objetivo o desenvolvimento de armadilhas com colas biológicas em têxteis ou folhas de acetato com o objetivo de ajudar no controle dos mosquitos vetores das doenças produzidas pelos vírus Zika, Dengue e Chikungunya. De acordo com o diretor acadêmico, Dr. Carlos Teixeira Brandt, responsável pela pesquisa, o objetivo geral é identificar as melhores alternativas que vise a produção em larga escala, de armadilhas biológicas baseadas em colas.

O estudo será conduzido em casas e áreas de Olinda. A cola será produzida a partir da espécie Braúna. A Secretaria aceitou muito bem e os termos do convênio já estão sendo redigidos e assinados. “A prefeitura vai oferecer algo fundamental que é o georreferenciamento da cidade de Olinda. É que os pesquisadores chamam de Hot Spot – lugar quem tem uma maior quantidade de indivíduos com doenças como dengue, chikungunya e zika. A confecção dessas armadilhas vai ser repassada aos líderes das comunidades”, adiantou o diretor e pesquisador membro do CNPq.

O projeto vai envolver professores da instituição, agentes comunitários da Secretaria de Saúde e alunos. “Faz parte do projeto pedagógico colocar os alunos muito cedo com as comunidades. Isso é muito importante, uma pesquisa científica de aplicabilidade prática”, complementa o diretor. A expectativa é a de também produzir um trabalho em revista nacional e internacional focado na exterminação de um mosquito com cola biológica.

Miniaturas das armadilhas foram espalhadas nas janelas da FMO. Os mosquitos presos têm sido removidos e levados ao departamento de Entomologia (estuda os insetos), da Universidade Federal de Pernambuco, para serem estudados. O trabalho é pioneiro no Brasil, mas uma experiência semelhante já foi utilizada com sucesso na Tanzânia. “Uma solução simples, mas a ideia é alargar para que fique em telas de mais ou menos um metro nas casas. Os mosquitos vão ser atraídos por uma substância específica e eliminados sem uso de inseticida químico que pode influenciar na saúde humana. Se for produzido em escala, é um caminho de controle direto ao vetor. Uma solução enquanto se aguarda uma vacina”, explicou o diretor acadêmico.

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