Regionais : PT busca Lula, e Dilma deve viver exílio interno
Enviado por alexandre em 13/05/2016 16:05:18

PT busca Lula, e Dilma deve viver exílio interno



Folha de S.Paulo – Fábio Zanini

O comportamento recente de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff oferece pistas para o sentimento prevalecente no PT. Enquanto o atual ex-presidente passou os últimos dias "abalado", "preocupado" e por vezes "deprimido" –na definição de pessoas próximas–, a quase ex-presidente passeava de bicicleta como se não estivesse à beira do abismo.

Lula é o passado e o futuro do PT. Dilma Rousseff é o presente, e nada mais.

Um é o fundador, o pai, o responsável pelo ápice da legenda. A outra passou pela Presidência como quem fez escala numa carreira burocrática. Não veio da política, e para a política não voltará. Os oito anos de inelegibilidade que acompanharão sua provável cassação certamente doerão, mas na prática pouco significam.

O beco em que o PT se encontra está no fato de Lula, um animal político há 40 anos, ser sua única esperança de "renovação". O ex-presidente está condenado a ser candidato em 2018, nem que seja para salvar o partido da irrelevância –se não estiver impedido pela Justiça, evidentemente.

Como sintoma de sua fragilidade, alternativas começam a ser mencionadas: Ciro Gomes (PDT) sonha herdar o manto petista, mas seu destempero torna uma candidatura no mínimo algo duvidoso. Uma frente de esquerda pode ser formada, talvez reunindo nacos de PT, Rede e PSOL, com apoio de lideranças sociais como o carismático Guilherme Boulos, líder de movimentos de sem-teto.

Dilma pede mobilização e teme represálias



Petista foi afastada pelo Senado por ampla maioria dos votos nesta quinta-feira

O Globo - Cristiane Jungblut, Catarina Alencastro, Eduardo Barreto, Fernanda Krakovics e Renata Mariz

A presidente afastada Dilma Rousseff pediu que as pessoas continuem mobilizadas para defender a manutenção de seu mandato de forma pacífica. Em um discurso que durou 14 minutos e 13 segundos dentro do Palácio do Planalto, e outro realizado já do lado de fora voltado aos militantes que aguardavam sua saída, ela disse que o maior risco do governo de Michel Temer é não ter sido eleito popularmente, e alertou ainda para a possibilidade de repressão aos movimentos populares que resistirem ao que ela classificou novamente como 'golpe'. (Leia a íntegra do discurso)

- O risco maior para o país é ser dirigido por um governo dos 'sem voto'. Um governo que não foi eleito pelo voto direto da população brasileira, que não tem legitimidade. É um governo que nasce de um golpe, de um impeachment fraudulento, uma espécie de eleição indireta - disse a presidente, visivelmente abatida.

Ela acusou ainda a oposição de não ter se conformado com a derrota das urnas e de ter sabotado seu governo.

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