Regionais : Dilma vira réu em ação movida por deputado Francischini
Enviado por alexandre em 08/04/2016 00:29:19

Dilma vira réu em ação movida por deputado Francischini


A presidente Dilma Rousseff e o Ministro da Justiça, Eugênio Aragão, agora são réus na Ação Popular que o deputado Fernando Francischini protocolou na Justiça do Paraná no último mês de março. O juiz federal Augusto César Pansini Gonçalves acolheu e manda tramitar em regime de urgência, ontem, a denúncia de Francischini que susta qualquer requisição de troca de membros da Operação Lava-Jato.

A peça é baseada nas afirmações de Aragão dadas ao jornal Folha de S.Paulo, em 19 de março, quando disse que não vai tolerar vazamentos de investigações e que, se “cheirar” vazamento por um agente, a equipe inteira será trocada, sem a necessidade de ter prova.

Francischini afirma na documentação deferida pelo juiz que a fala do ministro atropela a jurisprudência que disciplina a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. De acordo com a Lei 12.830/2013, um inquérito policial e a equipe que o apura só poderão ser modificados ou redistribuídos mediante provas que demonstrem claramente negligência com relação aos procedimentos previstos no regulamento da corporação. O termo ainda confere ao investigador chefe do inquérito a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.

No despacho sobre o pedido de Francischini, Gonçalves afirma que é notório que integrantes do PT vinham fazendo críticas constantes à atuação do antigo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alegando que ele não controlava a as investigações da Polícia Federal. Essas intimidações, de acordo com o juiz, acabaram por precipitar a saída de Cardozo da pasta. "Nessas circunsta?ncias, soa inadequado o pronunciamento de Euge?nio Araga?o, novo Ministro da Justic?a. Sua fala sugere, prima facie, que a troca de comando na Poli?cia Federal na?o tera? a finalidade de punir servidores faltosos, mas a de manietar a Operac?a?o Lava Jato", completa o juiz na decisão.

"É uma vitória. Que agradecer e parabenizar o juiz Augusto César pela lucidez em perceber que as afirmações do ministro soaram como ameaça à Polícia Federal. O novo ministro é claramente um soldado de Lula e entrou em campo para atrapalhar as investigações da Lava-Jato. Temos o dever de preservar e evocar a Lei para que o PT não tente dar mais esse golpe contra o Brasil", comemora Francischini.

Deputados vão até Planalto entregar aviso prévio a Dilma



Da Folha de São Paulo

Cerca de 30 deputados de oposição e dissidentes da base governista caminharam, na manhã de hoje, os cerca de 400 metros que separam o Salão Verde da Câmara e a entrada do Palácio do Planalto para "entregar um "aviso prévio" e uma mala de viagens à presidente Dilma Rousseff.

Em meio a cantos contra o PT e Dilma –"Está Chegando a Hora", entre outros–, os deputados interromperam momentaneamente o trânsito em frente ao Planalto e pararam em frente às grades de proteção. A segurança do Palácio acompanhou de longe.

Na chegada ao Planalto, defensores da presidente Dilma, que estavam do lado de dentro, na fila para entrar em um evento, reagiram aos gritos de "não vai ter golpe" e "golpistas, fascistas, não passarão".

O "Ato das Mulheres pela Democracia", com a presença de centrais sindicais e movimentos de esquerda, é mais um promovido pelo Planalto em defesa de Dilma.

A manifestação dos deputados ocorre no dia seguinte à apresentação na comissão especial do impeachment do parecer favorável ao afastamento da presidente.


Dilma odeia vazamentos! E quanto ao esgoto?



Do Blog do Josias

Quando os petrolarápios começaram a suar o dedo na Lava Jato, Dilma apressou-se em declarar: “Não respeito delatores”. Pegou mal, já que a madame havia sancionado a lei que deu à Lava Jato a ferramenta da colaboração premiada. Quando as vozes dos delatores começaram a ecoar segredos das arcas de 2014, Dilma se insurgiu contra os “vazamentos”. Nesta quinta-feira, acossada pela revelação dos segredos da Andrade Gutierrez, ela voltou a estrilar.

Em novo ‘golpemício’ realizado no salão de solenidades do Palácio do Planalto, a presidente queixou-se do “vazamento premeditado e direcionado”. Enxergou no noticiário a intenção de criar um “ambiente propício ao golpe”. E avisou à plateia-companheira: nos próximos dias, podem surgir novos “vazamentos oportunistas e seletivos”.

Espantosa época a nossa. Executivos de uma das maiores construtoras do país informam em depoimentos oficiais que derramaram dinheiro sujo nas arcas da campanha à reeleição de Dilma. Submetida à atmosfera malcheirosa, a presidente acha que pode adotar um discurso hidráulico e seguir em frente. Como se nada tivesse sido descoberto sobre o esgoto aberto na contabilidade do seu comitê.

Dilma se queixa da seletividade dos vazamentos. Mas seletiva mesmo são as suas reações. A presidente só reclama quando os jatos de lama lhe sujam os sapatos. Adora quando a goteira cai sobre a cabeça de personagens como Aécio Neves e Eduardo Cunha. Dilma talvez não tenha se dado conta. Mas no caso da Andrade Gutierrez, o lodo respingou no PT e também no PMDB do vice-presidente Michel Temer. Golpe? Ora, francamente! Melhor trocar o lero-lero por meio quilo de explicações.

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