PT ainda aposta em reaproximação com Temer
Postado por Magno Martins
Vice-presidente não foi à posse de Lula no Palácio do Planalto
O Globo - Júnia Gama e Sérgio Roxo
Apesar da ausência do vice-presidente Michel Temer na posse do ex-presidente Lula nesta quinta-feira, o PT ainda aposta em reaproximação com o líder peemedebista na luta contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Um aliado de Lula avalia que Temer sabe que não pode confiar totalmente na movimentação da oposição porque corre de também ser tirado do cargo com a cassação da chapa das eleições de 2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , o que provocaria novas eleições.
Lula continuará tentando marcar uma conversa com Temer. De acordo com o petista, a decisão do deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG) de aceitar assumir o Ministério da Aviação Civil, mesmo contrariando a resolução aprovada na convenção da legenda, foi um bom sinal e mostra a divisão do principal partido aliado .
- É claro que ele (Mauro Lopes) não está sozinho - diz um aliado de Lula.
Ao assumir o cargo, o ex-presidente pretende mergulhar de cabeça na articulação para barrar o impeachment.
Cientista político: Brasil perdeu etiqueta pública
Postado por Magno Martins
Folha de S.Paulo
No dia em que a Lava Jato completa dois anos, o juiz Sergio Moro, um dos destaques da operação, comete seu primeiro grande erro. A opinião é do repórter especial da *Folha* Mario Cesar Carvalho.
O jornalista refere-se à divulgação do grampo telefônico, onde Dilma diz que encaminharia a Lula o "termo de posse" de ministro.
"Não me parece razoável que um juiz faça essa loucura nesse momento", diz Carvalho apontando que a polarização do país só aumentará nas ruas.
Para Fernando Abrucio, cientista político da FGV, o país perdeu a etiqueta pública. "O Executivo, o Legislativo e o Judiciário devem pensar nas consequências de seus atos. Hoje, os atores são inconsequentes", aponta.
O reflexo dessa "inconsequência" tem inflamados as ruas e preocupado o Planalto, segundo Leandro Colon, repórter da *Folha* em Brasília. "Além de apagar o incêndio das ruas, o governo esperava uma reação melhor do mercado, o que não ocorreu".
O Ibovespa fechou em alta de 6,60% e o dólar comercial fechou o dia em queda de 2,32%,cotado a R$ 3,65. |