Estratégia do Planalto: para salvação, tudo ao PMDB
Postado por Magno Martins
Natuza Nery - Folha de S.Paulo
Com o desfecho do pedido de impeachment de Dilma Rousseff se aproximando e já sob a batuta de Lula, o Planalto decidiu radicalizar na dose de um remédio antigo para tentar atrair o PMDB de volta para o lado governista. A ideia é ceder tudo o que for necessário para a sigla – não só destravando nomeações represadas, mas também distribuindo novos ministérios. "Ou chamamos o PMDB para ser nosso sócio de verdade ou não haverá escapatória", resume um palaciano.
A onda da Lava-Jato se aproxima mais e mais do PMDB. A depender do alvo – e tudo indica que será graúdo – o tabuleiro da crise pode se embaralhar de novo.
Há quem defenda fazer as pazes com o PT caso um tsunami afogue novos peemedebistas.
No café da manhã com senadores na semana passada, Lula foi premonitório. Mostrando um telefone celular, disse: "O que acaba com o político é essa merda."
Personagens que surgiram nas gravações conversando com Lula moderaram seus comentários em telefonemas trocados ontem.
A ressaca moral dos que caíram no grampo com Lula não atingiu Nelson Barbosa (Fazenda). Da série de diálogos revelados, ganhou o apelido de "ministro-ninja" por ser safar de uma conversa embaraçosa. Só respondia "tá", "ahã" e "uhum".
Lula: "Vítima de atos injustificáveis de violência"
Postado por Magno Martins
Texto chama a atenção pelo tom conciliador com o Judiciário
O Globo - Silvia Amorim
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nesta quinta-feira à noite uma carta aberta ao país em que se diz inconformado com a divulgação dos últimos grampos pela Lava-Jato, mas também confiante na isenção da Justiça. Essas foram as primeiras palavras do petista depois que tomou posse como ministro da Casa Civil e, horas depois, teve a nomeação suspensa. A carta chamou a atenção pelo tom conciliador de Lula em relação ao Judiciário, algo muito diferente da postura adotada por ele em recentes pronunciamentos.
“Nas últimas semanas, como todos sabem, é a minha intimidade, de minha esposa e meus filhos, dos meus companheiros de trabalho que tem sido violentada por meio de vazamentos ilegais de informações que deveriam estar sob a guarda da Justiça. Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos diretamente e legalmente interessados, foram praticados atos injustificáveis de violência contra minha pessoa e de minha família”, diz Lula na carta.
Depois de ser flagrado em escutas dizendo que ministros do Supremo Tribunal Federal se “acovardaram”, Lula faz no texto um gesto à Corte.
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