Generais da ativa telefonaram para ao menos dois ministros do STF expressando preocupação com as manifestações pró e antigoverno no domingo.
Rui Falcão foi ontem a Jaques Wagner comunicar que o PT não vai convocar a militância petista para os protestos do dia 13, convocado primeiro por manifestantes contra o governo. Mas ressaltou que não pode impedir a militância de ir às ruas.
O discurso de Falcão tem dois objetivos. Primeiro, evita dar combustível aos que criticam o PT de incitar a violência — como fez Marina Silva no domingo e Sérgio Moro, indiretamente, no sábado.
A grande preocupação do Palácio do Planalto é que haja um "banho de sangue", nas palavras de um assessor, em virtude de conflitos entre setores radicais que apoiam o PT e setores radicais que são contra o partido e o governo, a exemplo dos manifestantes que acamparam no ano passado em frente à Câmara portando armas.
Mas o discurso do PT não é só sensatez e preocupação com sua imagem.
Existe outro interesse ao frisar que não pode impedir a militância de ir para as ruas no domingo: mostrar que não tem controle sobre eventuais radicais do lado petista que queiram partir para a violência.
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