Mais Notícias : Juntos = complicação
Enviado por alexandre em 07/03/2016 09:14:21

Juntos = complicação

Postado por Magno Martins

Vinicius Mota - Folha de S.Paulo

A crise ganha contornos infernais, Lula entra de vez no olho do furacão da Lava Jato, Dilma vai sendo sugada também e a presidente, num instinto de sobrevivência, se reaproxima do criador.

O gesto natural da petista, neste momento de encruzilhada em que se encontra, pode ser uma solução no curtíssimo prazo. Envolve, contudo, riscos que podem agravar o cenário de crise e piorar ainda mais a situação caótica do país.

Dilma vinha se distanciando tanto de Lula como do PT. Seus dois principais pontos de apoio exigiam da presidente ajustes e mudanças que ela resistia e resiste a entregar.

Num deles foi obrigada a ceder. Tirou José Eduardo Cardozo da Justiça, o petista acusado pelo partido de não controlar a Polícia Federal. Mas Dilma o manteve por perto, na Advocacia-Geral da União.

Depois disto, o cenário só fez piorar. A delação da Andrade Gutierrez revelou caixa dois na campanha da petista em 2010; veio a público o roteiro da delação do senador Delcídio do Amaral, citando a presidente em relações complicadas. E a Lava Jato focou de vez no ex-presidente.

Tudo numa só semana, jogando Dilma de novo nos braços de Lula e do PT. Até quando, não se sabe. Dentro do governo, há quem aposte que não por muito tempo. Afinal, os petistas defendem uma guinada na política econômica e querem engavetar a reforma da Previdência.

Se ceder neste campo também a seus aliados, a presidente vai ficar bem na foto com sua turma, unindo ainda mais sua tropa em torno de sua defesa e de seu criador. Mas vai jogar a economia brasileira num buraco ainda mais profundo.

Primeiro, porque a oposição vai infernizar cada vez mais a vida do governo no Congresso, acentuando sua paralisia e obstruindo votações de interesse do Palácio do Planalto.

Segundo, porque Lula e o PT não compreendem que o mundo mudou, o país quebrou e não dá para ajustar as coisas sem dor. É a real.

Governo espera manifestação maior que a anterior

Postado por Magno Martins

No mapeamento que o governo faz das redes sociais, já aparece uma adesão significativa aos protestos marcados para o próximo dia 13 de março. A previsão do próprio governo é de que haverá manifestações maiores do que aquelas do dia 15 de novembro passado.

Os defensores de Dilma e Lula pretendem fazer manifestações em resposta. Avaliam se mobilizarão aliados para ir às ruas nos dias 12 ou 19 deste mês.

A Lava Jato tem revelado novidades numa velocidade grande. Não dá para descartar surpresas nos próximos dias. Mas as mobilizações para os protestos do dia 13 vão dominar as atenções do governo e da oposição na próxima semana.

A oposição aposta num grande número de pessoas nas ruas para pressionar o Congresso a aprovar um eventual impeachment.(Kennedy Alencar)

Marina: PT faz apologia ao confronto para se defender

Postado por Magno Martins

Ex-senadora afirmou que a Justiça deve ser vista como ‘reparação’, não como ‘vingança’

O Globo - Eduardo Barreto

Marina Silva, fundadora da Rede, atacou neste domingo a postura do PT de “fazer apologia ao confronto para se defender de acusações”, e que o povo brasileiro merece ser reparado por erros do governo. Ex-ministra de Lula, Marina disse que não conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois que ele foi alvo de condução coercitiva na Lava-Jato.

— É triste, obviamente, ver um partido que no passado suscitou tantas esperanças na defesa da ética e no combate à corrupção, agora tendo que fazer apologia do conflito, do confronto, para se defender de acusações — afirmou Marina, em referência ao PT e ao comportamento do partido depois da fase mais recente da Operação Lava-Jato, em que Lula foi alvo. — Espero que no nossos país possamos chegar a um tempo em que o funcionamento das instituições, a autonomia das instituições, não tenha que ser combatido por agentes públicos – disse a fundadora da Rede.

Neste sábado, a presidente Dilma Rousseff visitou Lula em São Bernardo, e a oposição já anunciou que irá à Justiça contra o uso de dinheiro público na viagem. Marina afirmou que a Justiça deve ser vista como “reparação”, e não como “vingança", e defendeu que ninguém está acima da Lei. Marina Silva ressaltou que não é hora de apontar culpados ou deslegitimar as investigações.

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