Mais Notícias : Delator recua do recuo e volta a acusar Dirceu
Enviado por alexandre em 29/01/2016 10:38:40

Delator recua do recuo e volta a acusar Dirceu

Postado por Magno Martins

O empresário Fernando Moura Hourneaux, investigado na Operação Lava Jato, admitiu hoje (28), em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), que prestou informações falsas durante interrogatório ao juiz federal Sérgio Moro, na sexta-feira (22). Moura culpou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu nas delações assinadas com o MPF. A confissão ocorreu após os procuradores abrirem procedimento para verificar se o réu quebrou acordo de delação premiada.

“Todo o acordo de delação premiada que assinei, que eu vi, integralmente ele está correto, eu assinei, eu li. Apesar de ter afirmado no dia 22 na audiência com o juiz Moro de não ter lido e ter assinado, eu li”, disse Moura ao MPF nesta quinta.

Aos procuradores, Moura disse que estava disposto a negar, perante Moro, as declarações prestadas nas delações. O empresário explicou que, um dia antes de embarcar para Curitiba para prestar depoimento, foi abordado por uma pesssoa em Vinhedo (SP), onde mora.

Segundo ele, o desconhecido perguntou sobre seus netos, que moram no Rio Grande do Sul. Diante da abordagem, o delator disse que ficou transtornado e passou a temer pela segurança de sua família.

"Eu ia negar toda a minha delação. Eu só não iria negar dois fatos, o Duque [Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras] e a Hope [empresa acusada de fraudar contratos com a estatal], porque a pessoa que me abordou não tinha sotaque carioca, tinha sotaque paulista. Essa foi minha atitude", informou aos procuradores.

No depoimento, Moura pediu uma segunda chance aos procuradores da Lava Jato e ao juiz Sergio Moro. "Se o juiz Moro quiser me ouvir, tenho coisas a falar e a acrescentar. Errei muito feio, não sei nem se tem justiificativa o que fiz." De acordo com o MPF, Moura entrou em contradição durante o primeiro depoimento prestado ao juiz, no dia 22 de janeiro.

Fraude em contrato de obras da Marginal Tietê em SP

Postado por Magno Martins

DO G1 São Paulo - Isabela Leite

Promotor denunciou seis pessoas pela fraude; licitação ocorreu em 2009.
MP apura, agora, se R$ 71 milhões foram repassados a campanha eleitoral.

O Ministério Público denunciou à Justiça um suposto esquema de fraude contratual na ampliação da Marginal Tietê, em São Paulo, em 2009. A obra foi licitada pela Dersa, por meio de um convênio entre a Prefeitura de São Paulo e o governo paulista, para o projeto da "Nova Marginal". Na época, o prefeito era Gilberto Kassab (PSD) e o governador, José Serra (PSDB). A Promotoria apontou que, após o vencimento da licitação aberta pela Dersa e ganha pelo Consórcio Nova Tietê por R$ 289 milhões para execução do 2º lote da obra, a vencedora recebeu pagamento de R$ 71 milhões da Dersa relacionado a um aditivo do contrato.

Este aditivo está dentro da margem prevista por lei (25%), mas é questionado pelo MP, que considera que este acréscimo deveria ter sido previsto ainda no processo licitatório. O MP defende que o aditivo não se encaixa em nenhuma das hipóteses legais permitidas, sendo ilegal e abusivo em favor do consórcio.

A denúncia sobre as fraudes nas obras de ampliação da Marginal Tietê foi protocolada na 14ª Vara Criminal nesta quarta-feira (27). Seis pessoas foram denunciadas, entre elas o sócio-fundador e diretor-executivo da Delta, Fernando Antonio Cavendish Soares, além de sócios das empresas consideradas de fachada pelo MP. As acusações são de crimes de fraudes à licitação, lavagem de dinheiro, falsidades ideológicas e associação criminosa.

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