Mais Notícias : Na cadeia, Cerveró sai da depressão para a arrogância
Enviado por alexandre em 20/01/2016 10:35:50

Na cadeia, Cerveró sai da depressão para a arrogância

Postado por Magno Martins

Desde que fechou o acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria Geral da República), em novembro, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró vem causando problemas na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso, de acordo com relatos obtidos pela Folha. A principal reclamação é que o ex-executivo passou a destratar e desrespeitar os agentes penitenciários.

O clima ficou insustentável na semana passada. Numa discussão, Cerveró teria apontado o dedo em riste no rosto de um dos funcionários da prisão. Advogados e policiais que têm acesso a presos do local disseram que os motivos do destempero de Cerveró seriam o atraso do horário de início do banho de sol e a insistência do delator em ter acesso a algumas regalias, como um frigobar na cela.

Como resposta, ouviu de um dos policiais que controlou a situação que ele era um preso comum, como um traficante ou um contrabandista.

A atitude fez com quem não só Cerveró, mas todos os presos da Lava Jato detidos no local tivessem alguns direitos suspensos, como banho de sol e conversas reservadas com os advogados, que passaram a acontecer apenas no parlatório (local em que os detentos são separados das visitas por um vidro e podem se comunicar por meio de um telefone).

A punição para o ex-diretor foi maior. Ele deixou de dividir espaço com o pecuarista José Carlos Bumlai, seu companheiro desde novembro, e foi colocado em uma cela sozinho. Além disso, Cerveró não pôde tomar banho no chuveiro, que fica ao fundo da ala dos presos, por dois dias.

Os outros detentos, que já vinham reclamando do comportamento prepotente de Cerveró desde que voltou de uma temporada de dez dias com a família em Itaipava (RJ) negociada com a PGR no escopo de sua delação, passaram a se incomodar ainda mais com ele após a restrição dos direitos.

Advogados dos demais presos chegaram a procurar a defensora do ex-diretor, Alessi Brandão, que conversou com seu cliente sobre seu comportamento intempestivo.

Conforme o acordo de delação homologado pelo STF (Superior Tribunal Federal), o ex-diretor da estatal permanecerá em regime fechado pelo menos até junho. Cogita-se a possibilidade de pedir a transferência de Cerveró, que cumpriria o tempo que falta para a ir para a prisão domiciliar em outro local. (Da Folha de S.Paulo - Bela Mgale)

Preso, Delcídio volta a se irritar com Lula e o PT

Postado por Magno Martins

Delcídio do Amaral voltou a manifestar irritação com o governo, com o PT e com Lula. Ele relatou a pessoas que o visitaram na prisão ter a convicção de que o STF (Supremo Tribunal Federal) só não autorizou a sua saída do cárcere, no fim de 2015, porque nenhum dos atores políticos citados se moveu para que ele obtivesse o benefício.

O humor do senador voltou a preocupar o governo.

Antes do julgamento do habeas corpus do senador, em dezembro, circulava a informação, no próprio STF, de que era grande a possibilidade de a turma encarregada de julgá-lo determinar a revogação da prisão. No dia da decisão, surpresa: o ministro Teori Zavascki despachou sozinho. E manteve o parlamentar na cadeia.

Delcídio deve anunciar nas próximas horas se vai aderir à delação premiada. Ele sinalizou nesse sentido ao contratar o advogado Antonio Figueiredo Basto, especialista em acordos de colaboração com a Justiça. Ao mesmo tempo, manteve a equipe que o acompanhava até então, e que é contrária a esse tipo de acordo.

Caso faça a delação, ele abrirá, na prática, mão de defender seu mandato parlamentar. O acordo de colaboração sempre prevê a confissão dos crimes.(Mônica Bergmo Folha de S.Paulo)

Moro diz que Lava Jato é marcha para frente

Postado por Magno Martins

O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, reagiu aos questionamentos feitos por advogados, por meio de um manifesto, e por defensores da Odebrecht, que apontam sua suposta parcialidade contra os réus. É o que aponta reportagem dos jornalistas Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt.

“O processo é uma marcha para frente. Não se retornam às fases já superadas”, disse Moro, nos autos da ação que envolve a Odebrecht.

Moro também questionou a divulgação de um vídeo, pela defesa da Odebrecht, em que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, isenta Marcelo Odebrecht de envolvimento no esquema.

“Quanto ao requerimento da defesa de Marcelo Odebrecht, observo que os vídeos dos depoimentos prestados pelos acusados colaboradores na fase de investigação foram disponibilizados desde o início da ação penal às partes, como aliás constou expressamente na decisão de recebimento da denúncia. Então, o requerimento já foi atendido anteriormente, não havendo qualquer justificativa para renovação do requerimento pela defesa após o término da instrução”, afirmou.

Os advogados da Odebrecht também apontam suposta violação de tratados internacionais, na busca de informações sobre contas suíças que teriam sido usadas pela empreiteira. Moro negou ilegalidades. “O procedimento de cooperação e o material probatório relativo às contas da Suíça supostamente controladas pela Odebrecht e que alimentaram contas supostamente controladas por agentes da Petrobrás já instruem a presente ação penal. Consta ali todo o material pertinente e necessário à ampla defesa. Consta ali a expressa autorização para a utilização dele pelas autoridades brasileiras. Se não houvesse a autorização para a utilização desse material na presente ação penal, é certo que, a essa altura e com a notoriedade do caso, já teria vindo alguma reclamação do estrangeiro.”

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